Durante coletiva, na tarde desta segunda-feira (22), o delegado-geral adjunto da Polícia Civil José Edson, o sub-secretário de Defesa Social Washington Luís, e os delegados Eraldo Augusto e Andréa Marques, da Força Nacional de Polícia Judiciária, reuniram a imprensa para apresentar o resultado de 39 inquéritos, relativos a homicídios ocorridos na capital alagoana.

Do total de inquéritos que serão remetidos à Justiça, os que tratam das mortes de moradores de rua ganharam atenção especial. De acordo com as autoridades, após investigação dos policiais da Força Nacional, constatou-se que 23 moradores de rua foram assassinados desde o início do ano em Maceió. A informação vai de encontro ao número de 32 mortes, que estava sendo divulgado pelos órgãos de segurança.

“Se especulou muito e se falou em grupo de extermínio, mas isso está descartado. Fomos muito criticados, mas aceitamos as críticas construtivas e descartamos as negativas para dar continuidade ao trabalho”, afirmou José Edson.

O delegado colocou também que um vigia, que não teve a identidade divulgada, foi preso acusado na participação de, ao menos, cinco assassinatos de moradores de rua. O homem trabalhava prestando serviço para algumas lojas do Centro.

Presos

Cássio Cícero Damasceno, o “Cição”, acusado de matar José Roberto Fragoso, o “Lobisomen”; Rodrigo Alexandre da Silva, 21 anos, o “Lanchinho”, que matou o flanelinha Wanderson Bezerra Félix, o “Timbalada”; José Carlos Neves dos Santos, 26 anos, “Gambá”, acusado de assassinar um jovem conhecido como “Piuiu” ou “Fedorento”; José Everaldo da Silva, apontado como matador de Adnelson Araújo da Silva, crime ocorrido no Centro; e José Jorge da Silva, 25, acusado de assassinar a companheira Patrícia Vicente da Silva, em Arapiraca, e arrancar seu coração. “Gambá” foi solto por ter recebido da Justiça a liberdade provisória estão entre os presos apontados nos inquéritos concluídos pela Força Nacional.

O ex-policial civil Miguel Rocha Neto também está preso acusado de dois assassinatos, um no bairro do Farol e outro no Poço, ocorrido em frente à sede do Ministério Público Estadual. Três policiais civis são investigados por participação na morte de pessoa vulnerável.

Trabalho

De acordo com o delegado Eraldo Augusto, a Força Nacional de Polícia Judiciária permanece no estado até o próximo dia 20, mas existe a possibilidade de renovação do período, caso haja um pedido formal do governador Teotônio Vilela Filho.

“Estamos muito contentes com o resultado do trabalho em tão pouco tempo. Se existir a necessidade de continuarmos, vamos ficar para ajudar na elucidação de outros crimes”, colocou Augusto.

 

Com informações da Assessoria da PC