A um ano de prescrever o crime, o alagoano Carlos Soares Santos, acusado de sequestro e homicídio,  foi preso no município de Nossa Senhora do Socorro (SE), no último sábado, 13, e apresentado nesta quinta-feira, 18.

De acordo com o delegado da 5° Delegacia Metropolitana, João Martins, que comandou as investigações, a prisão se deu de maneira tranquila. “Nós tivemos a informação de que um foragido da justiça, acusado de ter praticado um crime muito grave estava morando no Conjunto João Alves”, explicou.

Prisão

Martins relatou que após um processo de intensa investigação a polícia conseguiu chegar ao endereço do acusado, conhecido como ‘Carlinhos’. “Inicialmente nós só tínhamos a informação de que o acusado se chamava Carlos e que havia cometido um crime. Quando recebemos sinal verde chegamos até a residência e durante uma conversa, solicitamos os documentos e falamos do mandado de prisão. Em 6 de novembro de 2011 faria 20 anos e com isso o crime iria prescrever”, revela.

Após consultar os dados passados pelo acusado, a polícia sergipana conseguiu identificar que o acusado tinha dois mandados de prisão em aberto. “Em um dos mandados o crime especificado é homicídio e no outro sequestro seguido de morte. Todos os dois em cidades Alagoanas, um em Arapiraca e outro em Canapi”, explica João Martins.

Crime

As informações dão conta de que Carlos Soares, junto com um homem identificado apenas como ‘Milton’, interceptou o veículo da vítima, identificada como Cícero Gomes de Oliveira, e seguiu em direção ao povoado Miúdo, em Arapiraca, onde depois de uma discussão deflagrou três tiros contra a vítima.

“Segundo o processo, eles deram três tiros na cabeça de Cícero, depois colocaram o corpo dentro da mala e seguiram para o povoado 'Baixa do Milho', na cidade de Canapi, onde jogaram álcool e atearam fogo no corpo, para dificultar a identificação”, relata o Delegado.

Acusado

Após negar a autoria do crime e se declarar inocente, Soares revelou que mora em Sergipe há quase 20 anos. “Sou um homem trabalhador, pai de família. Um comerciante que nunca teve em uma delegacia aqui em no Estado. Tenho contas em banco e trabalho com cosméticos. Tenho certeza que se alguém daqui olhar para minha foto vai saber que não estou mentindo”, desabafou.

Carlos explicou que na ocasião em que foi acusado pelo crime foi preso mas conseguiu responder ao processo em liberdade. “Quando começaram a me acusar eu fiquei em uma casa na fazendo do meu sogro, mas me pegaram e levaram para a Delegacia. Depois que fui solto fiquei com medo de comparecer ao julgamento por causa das represálias, então vim embora para Sergipe, porque já conhecia algumas cidades aqui”, explicou.

Transferência

Quando o delegado informou que o acusado iria ser encaminhado para o município de Arapiraca, Carlos foi taxativo em dizer que não pode voltar para essa cidade. “Arapiraca não delegado, a família da vítima é de lá e tenho medo”, apelou.

De acordo com Martins, a polícia Sergipana já está em contato com a Polícia de Alagoas e Carlos deverá ser transferido para Alagoas nos próximos dias.