Monique dos Santos, 21 anos, foi assassinada com vários tiros e teve seu corpo jogado na Rua dos Cajueiros no Vergel do Lago, madrugada desta segunda-feira (15) e imediatamente identificada como a 32° “moradora de rua” morta este ano. A classificação foi contestada pelo secretário municipal de Ação Social, Francisco Araújo em entrevista à imprensa.
“Não está confirmado que ela seja moradora de rua, ela tinha casa e família, temos que fazer um levantamento e aguardar as investigações para saber se ela era mesmo moradora de rua”, explicou ele.
Mas, o Cadaminuto falou com o capitão Agnaldo, do Centro Integrado de Operações da Defesa Social – CIODS - que fez a ocorrência e ele disse não ter dúvidas de que Monique era moradora de rua. “Eu conversei com a mãe dela e ela me disse que fazia mais de 11 meses que ela estava morando na rua”.
O capitão disse ainda, que de acordo com as informações de Maria Nazaré Pereira da Silva, 49, anos, mãe de Monique, ela era usuária de drogas desde os 12 anos de idade e tinha começado pela maconha e ao chegar ao crack, acabou saindo de casa várias vezes até abandonar de vez o local no início do ano passado.
De acordo com as primeiras informações levantadas pela PM, Monique se prostituia e realizava pequenos furtos para conseguir manter o vício em uma situação que infelizmente se torna cada vez mais freqüente nas ruas de Maceió.
A morte de Monique já era esperada, pois de acordo com outros moradores de rua do local, ela estava devendo dinheiro a pelo menos dois traficantes, que tinham dado a ela um prazo para o pagamento da quantia.