Os agentes da Polícia Civil de Alagoas denunciados pelo Ministério Público Estadual por participação na morte de um morador de rua em Maceió alegam inocência. Eles conversaram com a imprensa na manhã desta quarta-feira (10), na sede do Sindicato dos Policiais Civis, e afirmaram que vão provar na Justiça que nada tem a ver com o assassinato.

Luiz Carlos Albuquerque, Gerson Barros Pituba e José Alves dos Santos tiveram a prisão preventiva solicitada pelo Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc). Eles estão sendo acusados de assassinar em maio deste ano o flanelinha conhecido como ‘Magníficos’.Os três afirmam que estão sendo tratados como 'bodes expiatórios'.

De acordo com o policial civil, Luiz Carlos, que é chefe de operações da Delegacia do 1º Distrito Policial, o flanelinha havia sido interrogado antes do assassinato, como suspeito no furto de um aparelho de som automotivo.

O roubo ocorreu no Parque Gonçalves Ledo, no bairro do Farol. O policial, juntamente com uma equipe do 1º DP, foram até o local após a vítima registrar a queixa. No local, Luiz Carlos afirma que interrogou o morador de rua, que se defendeu das acusações de furto.

No dia seguinte a abordagem, o morador de rua foi assassinado. A denúncia do MP contra Luiz Carlos é de que ele teria fotografado a vítima, em seguida identificando-o para um suposto grupo de extermínio, que cometeu o assassinato.

O agente disse ainda que foi convocado pela delegacia-geral da PC para falar sobre o caso, quando foi surpreendido com as acusações contra ele. Luiz Carlos se defendeu ainda afirmando que o delegado Alcides Andrade estava ciente de todo o procedimento realizado no dia da abordagem.

Os outros dois policiais disseram estar surpreso em terem os nomes citados como envolvidos na morte do flanelinha. Gerson Pituba e José Alves afirmam ainda que vão provar na justiça que não participaram da morte de ‘Magníficos’. “Trabalhamos de forma honesta há quase 30 anos na Polícia Civil de Alagoas”.

Negando veementemente o envolvimento no crime, os policiais afirmam ainda que não há fundamento nas acusações. Eles dizem que vão a Justiça buscar reparação das acusações.