Os ex-governadores Ronaldo Lessa e Manoel Gomes de Barros, o empresário Zuleido Veras – proprietário da Construtora Gautama – e outras três pessoas foram indiciados nesta terça-feira (26) pela Polícia Federal de Alagoas. O indiciamento dos seis é referente a obra de macrodrenagem do Tabuleiro dos Martins, onde segundo investigações, houve um superfaturamento na ordem de R4 14 milhões.
O delegado Felipe Vasconcelos Correia, concluiu o inquérito 051/2009 que já foi encaminhado à 2ª Vara da Justiça Federal, que deverá notificar os envolvidos. O inquérito será levado da Corregedoria da Justiça Federal para o Ministério Público Federal.
O grupo foi indiciado pelos crimes de fraude em licitação, peculato, formação de quadrilha e crime ambiental. O indiciamento aconteceu de forma indireta, já que os acusados da fraude não compareceram aos depoimentos marcados para a semana passada na Polícia Federal.
A defesa de Ronaldo Lessa alegou que o cliente, que também é candidato ao Governo do Estado, não compareceu ao depoimento por não ter sido intimado pela Polícia Federal. Enquanto a imprensa se aglomerava na sede da instituição a espera dos ‘acusados’, a assessoria de Lessa informou que o candidato estava em Brasília, onde gravaria a participação do presidente Lula para o seu guia eleitoral. A PF rebateu, afirmando que Lessa foi sim intimado para depor.
Nas últimas semanas, a defesa do candidato vem se pronunciando de forma contrária à postura da PF. Isso porque eles não acreditam que o seu cliente seja indiciado nesta irregularidade. “Eu volto a dizer que o Ronaldo sequer foi citado no caso. Não dá para ele ser indiciado de forma indireta por este superfaturamento de obras no Distrito Industrial”, declarou o advogado penal José Fragoso.
Por outro lado, o advogado eleitoral Marcelo Brabo já havia prometido que caso a Instituição Federal insistisse em manter esta linha ofensiva contra Lessa, outras medidas mais drásticas seriam tomadas. “Não tenho escolha a não ser acreditar que trata-se de perseguição ao meu cliente estas investidas que a polícia vem fazendo”, conclui.