Dois acusados de participar do esquema de fraude em licitações para merenda escolar no Agreste de Alagoas, descoberto pela Polícia Federal durante a Operação Caetés, deverão ser soltos hoje (Quarta-feira). O delegado André Costa, que preside o inquérito que apura o crime, irá solicitar a soltura dos presos à 8ª Vara Federal.

Nesta segunda-feira (25), a PF pediu a prorrogação da prisão de sete dos oito acusados, o que foi acatado pela Justiça. Hoje, com novos depoimentos, Costa decidiu que, no momento, não há a necessidade de manter dois dos acusados presos. "Quando solicitamos a preventiva, precisávamos dessas pessoas presas para dar andamento ao inquérito. Nessa fase da investigação, as prisões são para que nada atrapalhe e vimos que essas duas pessoas podem ser soltas e hoje tomamos essa decisão", disse o delegado à reportagem do CadaMinuto.

Ontem, uma mulher que havia sido presa durante a Operação foi solta por ter colaborado ao repassar informações  à Polícia Federal.

A Operação

A Operação Caetés foi deflagrada na última quinta-feira (21) por agentes da Polícia Federal em cidades do Agreste de Alagoas. O objetivo da ação foi prender acusados de participar de um esquema de fraude em licitações para merenda escolar. Dezesseis mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Maceió, Arapiraca, Lagoa da Canoa, Limoeiro de Anadia e Traipu e sete pessoas foram presas por determinação da 8ª Vara da Justiça Federal. Entre os presos estão donos e funcionários de supermercados da região.

O delegado André Costa explicou que as empresas combinavam os preços a serem propostos nas licitações para vencer o processo. A fraude, ainda segundo a PF, aconteceu em pelo menos 13 processos licitatórios e é referente aos anos de 2007 a 2009. As licitações dos anos de 2009 a 2010 ainda estão sendo investigadas.

As investigações sobre a fraude, que chega aos R$ 8 milhões, foram iniciadas há cerca de seis meses a pedido do Ministério Público Federal