Operação Caetés: PF explica esquema de fraude em licitação de merenda

21/10/2010 14:01 - Polícia
Por Redação
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O “rombo” nos cofres públicos já chega a R$ 8 milhões de acordo com a investigação da Polícia Federal sobre fraude das licitações cometidas por empresas que forneciam alimentos para a merenda escolar em pelo menos cinco cidades da região do agreste de Alagoas.

Em uma coletiva na tarde desta quinta-feira (21), na sede da Polícia Federal, no bairro do Jaraguá, os delegados André Costa, Maurício Coelho e o superintendente da PF, Amaro Vieira explicaram como funcionavam o esquema.

De acordo com André Costa, as empresas combinavam os preços a serem propostos nas licitações para vencer o processo. A fraude, ainda segundo a PF, aconteceu em pelo menos 13 processos licitatórios e é referente aos anos de 2007 a 2009. As licitações dos anos de 2009 a 2010 ainda estão sendo investigadas.

O esquema começou a ser investigados após um pedido do Ministério Público Federal (MPF), que recebeu a denúncia e requisitou abertura de um inquérito Policial. A operação ainda teve a participação da Controladoria Geral da União (CGU).

Foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão, cumpridos em supermercados e nas nas cidades de Lagoa da Canoa, Limoeiro de Anadia, Traipu, Craíbas, Arapiraca e Maceió, onde os agentes federais recolheram documentos, HD de computadores e notas fiscais. Dos oitos mandados de prisão, sete foram cumpridos. Entre os presos estão dos donos e funcionários dos supermercados São Luis e XV de novembro. Segundo Maurício Coelho o oitavo acusado ainda não é considerado foragido.

Os presos foram trazidos para o Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML), em Maceió, para realizar exame de corpo delito e em seguida encaminhados para a sede da Polícia Federal, onde cumprem prisão temporária.

A previsão para conclusão do inquérito, segundo o Costa, é de 15 dias. A peça policial vai ser encaminhada para o MPF, que vai oferecer denúncia contra os acusados. As investigações, até o momento, não apontam a participação de prefeitos ou funcionários públicos.

Os presos são acusados de formação de quadrilha e fraude em licitações públicas.
 

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