Quadrilha acusada de realizar "tribunais do crime" é desmontada em SP

19/10/2010 06:51 - Polícia
Por Redação

Uma investigação da Polícia Civil de São Paulo descobriu cinco corpos de vítimas de uma facção criminosa mortas em "tribunais do crime" na região de Cidade Tiradentes (zona leste de SP). Quatro homens foram presos acusados de pertencerem a quadrilha. Um dos principais líderes está foragido.

As informações foram divulgadas na noite desta segunda-feira pela Delegacia de Repressão a Roubo a Condomínios do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado).

Segundo a nota divulgada pelo Deic, o funcionamento do tribunal consistia em prender e levar os desafetos da quadrilha para um lugar ermo. Após um período de debate -- onde a pessoa acusada tentava fazer a própria defesa -- ela era morta e jogada em uma cova preparada no próprio local. Para não chamar atenção, as vítimas eram mortas com picareta ou por enforcamento, utilizando fios de varal.

"As vítimas eram divididas em quatro categorias: devedores, pedófilos, falsos profetas (membro de uma facção que se passa por outra) e os coisas (que participa da facção rival). Todas as mortes eram decretadas depois de debates entre integrantes da facção que estão tanto fora quanto dentro de cadeias", disse o delegado Antônio Carlos Heib, titular da DRRCondomínios.

Os cinco corpos foram resgatados de uma mata na região de Cidade Tiradentes. O Instituto Médico Legal ainda não identificou as vítimas.

As investigações duraram 90 dias. Começou com um roubo a condomínio e se desdobrou no esquema de tráfico de drogas e dos "tribunais do crime" realizados pela quadrilha.

Marcel Andrade de Oliveira, o Barata, acusado de ser um dos chefes da quadrilha, Adriano Andrade do Nascimento, Lincoln Luiz da Silva e Alan Flávio Santos, foram presos entre o final de setembro e começo de outubro.

O funileiro Gilmar Magalhães Lima, o Má, 28, identificado como o líder principal da quadrilha está foragido. Outros quatro integrantes foram identificados pela polícia.

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