Lessa viaja a Brasília para gravar com Lula e não comparece para depor na PF

19/10/2010 07:26 - Polícia
Por Redação
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O candidato e ex-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa (PDT), não vai comparecer a Polícia Federal nesta terça-feira (19). Apesar de todas as expectativas para a chegada do pedetista, que deveria depor sobre o suposto superfaturamente das obras de macrodrenagem do Tabuleiro do Martins, o depoimento não irá acontecer.

Como já havia informado ontem, a assessoria de comunicação do candidato confirmou que Lessa está em Brasília, onde teriam agendadas gravações para o guia eleitoral ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O primeiro a gravar para Lessa foi o ex-candidato e agora aliado, o senador Fernando Collor (PTB). A participação de Collor no guia eleitoral de Lessa terá o intuito de atrair seus eleitores para o ex-governador.

Os advogados de Lessa continuam mantendo a posição de que não houve nenhuma intimação da Polícia Federal referente a esse depoimento. Já a assessoria de comunicação da instituição desmente e afirma que a intimação está nas mãos dos advogados desde a última semana.

De acordo com a agenda do candidado, enviada no final da manhã, Lessa deve retornar ao Estado ainda hoje a noite ou na manhã desta quarta-feira (20). O primeiro compromisso do pedetista é às 10 horas na cidade de Arapiraca, onde fará gravação para o guia eleitoral. Às 14 horas, Lessa tem um encontro com lideranças políticas regionais também em Arapiraca. No final da tarde, Ronaldo Lessa estará em Maceió, realizando caminhada, às 17h30, no Virgem dos Pobres e Vergel.

Outros depoimentos

Também era esperado para a manhã de hoje, o depoimento do ex-governador Manoel Gomes de Barros, que também não compareceu a Polícia Federal. Á tarde, está agendado o depoimento do Zuleido Veras, sócio da Gautama, que deve acontecer às 14h30.

Os três eram esperados para responder sobre acusações de superfaturamento nas obras de macro-drenagem na área do Distrito Industrial. Se indiciado, Lessa deve responder ja Justiça pelos crimes de peculato, formação de quadrilha, fraude em licitação e crime ambiental.

A Polícia Federal constatou que o contrato fechado no Governo Lessa, com a construtora Gautama, foi superfaturado em R$ 14 milhões, esse valor corrigido para os dias atuais chega a R$ 65 milhões. Dois contratos foram fechados para a obra, um na época em que Manoel Gomes de Barros era governador, e outro já com Lessa à frente do cargo.

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