Defesa de Lessa questiona novamente intimação da PF

19/10/2010 15:21 - Polícia
Por Redação
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A defesa do candidato Ronaldo Lessa (PDT) voltou a negar – criticando – a ‘intimação’ de seu cliente para prestar esclarecimentos sobre o superfaturamento das obras de macro-drenagem no Distrito Industrial, na Polícia Federal. Os advogados José Fragoso e Marcelo Brabo defendem que a intimação é um ato pessoal e intransferível, jamais sendo de responsabilidade dos advogados.

Brabo garante que este ato só pode ser recebido por um advogado se ele estiver munido de uma procuração que lhe conceda plenos poderes para tal. “A questão já começa a ficar nebulosa a partir daqui. Não há nenhuma procuração, em poder de qualquer seja o advogado de Lessa, para receber uma intimação como esta. Acredito que a real motivação deste depoimento fica comprometida, não é uma mera averiguação”, salienta o advogado.

Por outro lado, Fragoso – que cuida das questões penais do ex-governador – informou, em entrevista ao Cada Minuto, que jamais foi acionado pela instituição. “Eu posso assegurar que nem meu cliente, nem eu, recebemos qualquer notificação para o depoimento desta terça-feira (19)”, defendeu o advogado.

Ele conta que a única intimação que chegou ao Lessa foi para um depoimento para o dia 02 de setembro. De acordo com o advogado penal, ele não pôde comparecer – è época - e pediu a remarcação, que ficou para o dia 29 do mês passado. “Este encontro acabou não acontecendo por questões pessoais do delegado federal. A partir daí, não houve nenhuma remarcação da PF, nem tampouco nova intimação”, esclareceu Fragoso.

Marcelo Brabo conta que se a instituição insistir nesta questão, com esta ofensiva, não resta alternativa, ao candidato, procurar seus direitos ante à Justiça. “Já achava suspeita esta intimação, hoje tenho certeza. Não dá para cobrar infração do artigo 260, do Código de Processo Penal (CPP) sem haver intimação. É bom que a polícia aja com cautela, afinal, a partir de sábado (23), nenhum candidato poderá ser conduzido, detido ou algo que o valha a não ser em flagrante”, conclui o advogado.
 

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