Defesa diz que Lessa ainda não foi intimado; PF desmente declaração

18/10/2010 07:04 - Polícia
Por Redação
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Ainda não foi desta vez. O candidato ao Governo do Estado, Ronaldo Lessa (PDT), viaja nesta segunda-feira (18) à Brasília e não deve retornar para depor na Polícia Federal (PF). Pelo menos, esta informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do ex-governador que confirmou a viagem e disse que não tem nenhum ‘encontro’, com a instituição, agendado para esta terça-feira (19).

De acordo com o advogado de defesa José Fragoso, nenhuma intimação – até o momento – chegou ao seu conhecimento. “Até o próprio Lessa pode ter recebido. Mas, acho pouco provável ele ter recebido e não ter me acionado”, credenciou. Neste sentido, Ronaldo Lessa segue sua agenda normalmente, sem nenhum depoimento a ser prestado na PF.

Mas de acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Federal, os advogados do candidato receberam na semana passada a intimação e o depoimento está marcado para acontecer amanhã. “Os advogados receberam a intimação. Voltamos a dizer que a PF trabalha para investigar fatos e não existe nada de pessoal contra qualquer pessoa que seja”.

Em entrevista exclusiva ao Cada Minuto, o advogado acredita ser um “equívoco” a intimação do candidato. Isso porque o mesmo desacredita que a Polícia Federal colha depoimento de alguém como ‘réu’ – de acordo com a informação inicial que surgiu na imprensa. “A Polícia Federal não pode ouvir ninguém como réu. Ela pode até investigar, mas, ouvir na condição de réu, isso não é possível”, declara.

Fragoso justifica que a ação penal que corre na Justiça Federal – sobre o superfaturamento das obras de macro-drenagem, no Distrito Industrial – não cita, sequer, o nome do ex-governador. O advogado defende que o seu cliente não foi citado nesta ação penal, que corre na Justiça Federal.

Outros depoimentos

Além de Ronaldo Lessa, o ex-governador Manoel Gomes de Barros e o empresário Zuleido Veras, dono da construtora Gautama, também prestam depoimento. A oitiva de Mano acontece às 9 horas e Zuleido presta depoimento às 14h30, ambas também na próxima terça-feira.

Lessa será questionado sobre acusações de superfaturamento nas obras de macro-drenagem na área do Distrito Industrial.Se indiciado, ele responderá pelos crimes de de peculato, formação de quadrilha, fraude em licitação e crime ambiental.

A Polícia Federal constatou que o contrato fechado no Governo Lessa, com a construtora Gautama, foi superfaturado em R$ 14 milhões, esse valor corrigido para os dias atuais chega a R$ 65 milhões.

Dois contratos foram fechados para a obra, um na época em que Manoel Gomes de Barros era governador, e outro já com Lessa à frente do cargo.

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