PF responde insinuações de que depoimento de Lessa seja político

14/10/2010 08:07 - Polícia
Por Redação
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A Polícia Federal, por meio da assessoria de comunicação, rebateu as declarações dos advogados de Ronaldo Lessa de que o depoimento do ex-governador, marcado para o próximo dia 19, tenha caráter político. O pedetista será ouvido pelo delegado Felipe Correia sobre acusações de superfaturamento nas obras de macro-drenagem na área do Distrito Industrial.

“A Polícia Federal é apartidária. O trabalho desenvolvido pela instituição tem o objetivo apenas de apurar fatos. Não agimos contra pessoas. Isso de manipulação política não existe aqui na instituição que é a de maior credibilidade do país”, rebateu a assessoria.

A assessoria declarou ainda que pelo trabalho de investigação e combate ao crime, tendo como alvo autoridades políticas, empresários, e grandes ‘figurões’, desenvolvido pela instituição, sempre existe esse receio dos que serão investigados.

“Quando a Polícia Federal começa a incomodar, querem interferir no nosso trabalho, mas isso não é permitido aqui. O trabalho policial desenvolvido é imparcial, visando a apuração dos fatos”, finalizou.

Os advogados de Lessa, em entrevista ao CadaMinuto, receberam a notícia do depoimento do seu cliente com ‘estranheza’. De acordo com o advogado José Fragoso, a ação penal que corre na Justiça Federal não cita, sequer, o nome do ex-governador.

Além de Ronaldo Lessa, o ex-governador Manoel Gomes de Barros e o empresário Zuleido Veras, dono da construtora Gautama, também prestam depoimento. A oitiva de Mano acontece às 9 horas e Zuleido presta depoimento às 14h30, ambas também na próxima terça-feira.

Lessa será questionado sobre acusações de superfaturamento nas obras de macro-drenagem na área do Distrito Industrial.Se indiciado, ele responderá pelos crimes de de peculato, formação de quadrilha, fraude em licitação e crime ambiental.

A Polícia Federal constatou que o contrato fechado no Governo Lessa, com a construtora Gautama, foi superfaturado em R$ 14 milhões, esse valor corrigido para os dias atuais chega a R$ 65 milhões.

Dois contratos foram fechados para a obra, um na época em que Manoel Gomes de Barros era governador, e outro já com Lessa à frente do cargo.

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