Após o pedido do delegado da Polícia Civil de Alagoas, Valdor Coimbra Lou, titular do 9º Distrito Policial, Hornela Giurizatti, 33 anos, mulher do empresário capixada Luiz Fernando Mattedi Tomazi, que foi assassinado no último dia 14 setembro, em um trecho da Avenida Leste/Oeste, em Maceió foi presa neste sábado (09), pela Polícia Federal do Espírito Santo.

Ela estava com o empresário no momento em que ele foi assassinado e é acusada de particpação no crime. Hornela prestou depoimento à Coimbra, afirmando que ela e o marido foram abordados por dois elementos, que teriam tentado sequestrar o casal.

Diante da morte do empresário foi levantada a hipótese de que o crime teria acontecido devido à prisão dele na Operação Broca, desencadeada pela PF capixaba, por sonegação fiscal. No entanto, o delegado do 9° Distrito afirmou que não restam dúvidas que Hornela foi a autora intelectual do assassinato.

Além dela, o sócio de Tomazi, Emerson Raposo também acaba de ser preso em Maceió. Ele retornou neste sábado á capital alagoana, e deveria ter vindo junto com Hornela. Ao receber informações do delegado da PF do Espírito Santo, Geraldo Damaceno de que ela não retornaria, Coimbra pediu a prisão preventiva.

"Eles estavam no Espírito Santo e deveriam chegar juntos a Maceió. Ela me ligou, dizendo que viria buscar a mudança para voltar e queria que eu liberasse o veículo onde o casal estava, no momento do crime, um Citroën de cor prata, placa MRA-6383/Colatina-ES. Já havia o mandado de prisão, só faltava  ela vir para cá", informou.

De acordo com o delegado, Emerson, que morava com o casal em Maceió, sabia de toda a trama e pode ter contrado um traficante para executar o empresário. Ele contou que o crime foi motivado porque Hornela queria ficar com os bens do marido e tinha vários amantes, inclusive um que veio de São Paulo para visitá-la.

"O Emerson não tinha envolvimento amoroso com ela, pois é homossexual. Mas, como usa drogas é suspeito de contratar o assassino. Já estamos no encalço desse traficante para descobrir se outras pessoas participaram do crime. Ela já havia simulado um assalto contra a vítima e chegou a fazer um Boletim de Ocorrência sobre o roubo de umas jóias, que foram penhoradas por ela para trazer o amante paulista a Maceió. Ela ficará na sede da PF e terça devo ir até lá para trazê-la de volta ", contou.