Durante entrevista coletiva, na tarde desta quarta-feira (22), o superintendente da Polícia Federal em Alagoas, Amaro Vieira, e o delegado de combate ao crime organizado, Maurício Coelho, falaram sobre o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, na manhã de hoje, na sede da Prefeitura de Porto Real do Colégio.

Mesmo sem fornecer detalhes, já que a investigação corre em segredo de Justiça, o superintendente disse que documentos relativos a licitações foram apreendidos. Peritos da PF foram à Prefeitura e fizeram uma seleção do material que seria levado pelos agentes.

Vieira colocou ainda que as investigações, que tiveram início em 2009, quando o inquérito foi instaurado, apontam para um desvio de cerca de R$ 40 milhões em processos licitatórios ocorridos desde o ano de 2006.

"Nessas licitações, 60% dos valores são recursos federais e 40% do próprio município. No caso dos desvios, isso se dava por meio de notas fiscais falsas, por exemplo", explicou o superintendente.

O delegado afirmou ainda que já houve depoimentos, mas adiantou que novas oitivas devem acontecer. "Quando o inquérito foi instaurado, pessoas foram ouvidas e vimos a necessidade de ter esse material para ajudar nas investigações. Hoje, encerrou-se a fase da busca dos documentos, mas a investigação continua", disse Vieira, complementando que o mandado de busca e apreensão foi expedido pelo juiz substituto da 8ª Vara federal de Arapiraca.

O inquérito que apura as fraudes na cidade está sendo presidido pelo delegado Gustavo Gatto.