O ex-servidor municipal Cícero Rafael de França, acusado de participar do assassinato do estudante Fábio Acioli, foi colocado em liberdade. A decisão é do juiz titular da 9ª Vara Criminal da Capital, Geraldo Amorim.

Carlos Eduardo Souza e Wanderley do Nascimento Ferreira continuam presos, acusados de participação no crime. Um ano após o brutal assassinato do estudante, ainda não se sabe quem foi o autor do intelectual do assassinato.

Na época da prisão, Cícero Rafael contou à Polícia que tinha se encontrado com o estudante no coqueiral de Cruz das Almas e afirmou que Fábio foi vítima de sequestro. Cícero chegou a ser atendido no Hospital Geral do Estado (HGE), com um ferimento que ele disse ter sido causado pelos assassinos da vítima.

O caso

Fábio Acioli foi raptado na noite do dia 12 de agosto do ano passado, após sair de uma escola de idiomas na Ponta Verde. O rapaz, que era estudante de arquitetura, foi abordado por dois homens ao parar o veículo Peugeot, de cor prata e placa MUH-6407/AL, que pertencia ao pai da vítima.

Levado para um canavial no Complexo do Benedito Bentes, Fábio chegou a ser torturado e os criminosos jogaram gasolina em seu corpo, atearam fogo e em seguida fugiram no veículo. O carro foi encontrado no dia seguinte, queimado, no bairro de Cruz das Almas.

Para escapar da morte, Fábio conseguiu rolar na lama e apagar as chamas do corpo. O rapaz caminhou até a avenida principal do bairro, onde recebeu a ajuda de populares, que acionaram uma equipe do Samu. Fábio faleceu, no dia 28 de agosto, no Hospital Restauração, na cidade de Recife, onde estava internado.