A Polícia Militar precisa de mais de 7 mil homens para completar os claros existentes na tropa e por isso é mais do que necessário a realização de concurso público para Corporação. O aumento da violência está ligado não só apenas a problemas sociais como a miséria e o tráfico de drogas, mas também pela falta de policiais nas ruas e rodovias alagoanas. Esse é um desafio que o atual comandante da PM, Dário César vai encontrar.
O novo comandante é um dos mais bem preparados oficiais da PM e por onde passou sempre demonstrou competência, dedicação e honestidade, não só na vida pública como também na iniciativa privada. Os números da violência em Alagoas são conseqüência de toda uma história da falta de implantação de políticas públicas de atenção a atenção a cidadania principalmente a escola pública e família. O esporte bem que poderia ter sido usado poderoso instrumento de inclusão social afastando a juventude dos vícios das drogas e do alcoolismo. Quando falamos da prática esportiva faço questão de excluir as famigeradas “torcidas organizadas”, que não passam de gangues que promovem a baderna e violência.
Voltando no tempo lembro-me da PM que abria os quartéis e seu parque esportivo para a juventude. Também era comum ver policiais militares nas salas de aula, dando palestras sobre transito, civismo e alertando para o perigo das drogas. Era um momento de interação da força publica, sempre vista como repressiva, com a comunidade. Interessante como a presença do policial militar em sala de aula, influenciava a formação dos jovens nas comunidades mais carentes. Muitos tinham nestes agentes da lei uma referencia moral a seguir em muitos foram salvo da marginalidade. E as operações Ação Cívico Social – Aciso – criada pelo Exercito Brasileiro e colocada em prática também pela PM. Essas operações levavam às comunidades, médicos, lazer, esporte, cultura e principalmente cidadania. A falta dessas ações permitiu que os traficantes crescessem e ocupasse espaço. Hoje acredito ser muito difícil a PM fazer uma operação Aciso em uma comunidade carente, simplesmente porque os traficantes fariam do local uma praça de guerra.
É preciso resgatar está prática cívica da PM, sem afrouxar o braço forte da disciplina e do cumprimento da lei. Talvez seja esse também um dos desafios do novo comandante Policia Militar, que por coincidência tem o nome do General da Guarda Pretoriana Romana: Dário César. Boa sorte comandante!