O I Ciclo Nacional de Conversas Negras verbalizou as culturas das muitas gentes, oferecendo uma maior compreensão de nossas próprias naturezas, reinventando nosso senso de pertencimento, a partir da afrobrasilidade.
Com tantas gentes de tantos lugares ficou mais fácil dialogar, encontrar saídas...
O Ailton Ferreira, Secretário de Reparação de Salvador/BA nos contempla com palavras revestidas de poesia que  “imodéstiamente” socializo:
Arizia ou Arísia,
Barro de chão puro
Feita da luta cotidiana.
Obrigado pelos dias de conversas negras e risíveis.
Obrigado pelas noites negras risíveis, alegres e ébrias.
Não deve ser fácil ser você aqui nas Alagoas.
Fico a imaginar, a partir de Salvador, onde também não é fácil.
Você empretece as Alagoas de luz.
Siga em frente clarão.
Siga Zumbi contemporânea.
Caneta em vez de espada,
Mas espada, se preciso for”.
O I Ciclo celebrou caminhos possíveis, desbravou cerrados ligando pontos estratégicos entre o verdejar do sol e o amanhecer das chuvaradas que fez florescer possibilidades no ‘antes’ descampado de pessoas.
O I Ciclo foi um cultivo de interesses e afetos, como nos remete a Sandra Martins, da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial: “Olho no olho, orelha com orelha, ombro com ombro com conversas negras e momentos coloridamente fofos e aconchegantes. Saboreamos as energéticas conversas.”
De longe, lá de Goiás me vem Alessandra Macedo, Secretária Executiva da Assessoria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial/ASPPIR.
Alessandra não mediu esforços para ser presença participativa. Denominei-a “minha assessora de Goiás”.
Fato inesperado: no segundo dia do Ciclo uma surda-muda nos solicitou participação e na falta de intérprete de Libras, Alessandra se dispôs a fazê-lo. Eficiência, afetividade e muito profissionalismo, são adjetivos que descrevem essa mulher que literalmente me troxe o desejo da partilha como símbolo da ancestralidade do continente.
Obrigada Alessandra!
E ainda tem mais...