Em entrevista exclusiva ao CadaMinuto, o delegado Amaro Vieira Ferreira, superintendente da Polícia Federal em Alagoas, falou sobre a preparação da PF para essas eleições e sua administração
Antes de ser indicado ao cargo, Vieira ocupava o posto de diretor de disciplina da Corregedoria Geral da Polícia Federal.

Ele foi o delegado responsável pela investigação do vazamento de informações na Operação Satiagraha, comandada pelo delegado Protógenes Queiroz. E já ocupa o cargo de superintendente em Alagoas desde outubro de 2009.

Como a Polícia Federal está se preparando para estas eleições?
A Policia Federal vem se preparando para as eleições 2010, desde o primeiro dia do corrente ano, a PF já efetuou um planejamento das operações que será seguido à risca.

PF tem recebido muitas denúncias de crime eleitoral?
Neste período há um acréscimo de denúncia de crime eleitoral, mais a Polícia Federal já se preparou e já está preparada para dar a pronta resposta.

O senhor fala que trabalha em silêncio. O que seria esse silêncio?
Olha o silêncio e o trabalho sigiloso é essencial para o sucesso das ações então a Polícia Federal não vai sair cantando e anunciando as ações que irá realizar para surpreender o infrator, vai agir de modo sigiloso vai aguardar na hora certa de agir e só depois da ação eficaz a PF vai divulgar e apresentar , caso a caso para a população e a imprensa.

O MCCE levantou a possibilidade de políticos alagoanos estarem retendo recursos do Ministério da Justiça para a PF. O senhor acredita nessa possibilidade?
Em matéria de prática de delito eu não descarto nenhuma possibilidade, mas o que eu ressalto é que a PF local está pronta para agir, e eu até mando um aviso para os infratores: tomem cuidado,  a PF vai agir firme.

Dizem que a taturana não acabou. Como o senhor lida com esse assunto?
A polícia federal não age de acordo com o que dizem, temos que identificar fatos, obedecer  a legalidade e atuar firme.

Como é a sua relação com o sindicato da categoria?
A representação sindical é legitima ao processo democrático, garante a representação aos diretos dos trabalhadores, ao direito de greve. Eu reconheço e prestigio o trabalhadores e não vejo qualquer dificuldade de atuação.

Ao assumir o cargo de superintendente o senhor sofreu algum tipo de dificuldade?
Quando eu aqui cheguei enfrentávamos uma dificuldade extrema:  falta de recursos,  de processo com o sistema de ar-condicionado quebrado e uma insatisfação dos servidores em geral. Essa dificuldade só foi vencida por meio da administração atual e hoje nós vivemos uma outra realidade.

O ex-superintendente Pinto de Luna se tornou um mito por conta da Operação taturana. Como o senhor avalia o seu trabalho, após o mito que se tornou o Pinto de Luna?
A proposta do administrador atual não é ficar na história, não é se constituir um mito é apenas e simplesmente realizar um trabalho sério que população alagoana merece e todo o empenho será feito, o que queremos é obter os maiores resultados aos menores custos.

Após seus trabalhos à frente da Polícia Federal o senhor pretende sair candidato na política alagoana?
Negativo! Eu não tenho qualquer pretensão e não estou vinculado a qualquer cargo, sou apolítico.