O empresário pernambucano Eduardo de Albuquerque Rocha, 42 anos, foi detido nesta quarta-feira (18) durante uma operação da Polícia Federal, realizada na pousada, de propriedade dele, na cidade de Porto de Galinhas, em Ipojuca, no litoral Sul do Estado. Albuquerque já havia sido indiciado em Alagoas, durante a Operação Taturana, deflagrada em 2007, suspeito de integrar um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa de Alagoas que chegou a representar um prejuízo de R$ 200 milhões, em 5 anos, aos cofres públicos.

De acordo com informações da Polícia, o proprietário da pousada estava sendo investigado por depósitos bancários em favor do traficante Claudemir Henrique. O carro dele, um Gol preto, de placa de Alagoas também foi apreendido pelos policiais federais.

Eduardo de Albuquerque Rocha, era assessor do deputado Arthur Lira e responsável pela movimentação financeira do Clube de Regatas Brasil (CRB) no período de 2004 a 2006, na gestão de Celso Luiz.

Além do empresário, integrantes de uma quadrilha também acabaram sendo detidos, com 10,3 kg de crack e 3,1 kg de pasta base de cocaína, a maior apreensão deste tipo de entorpecentes no estado em 2010. A quantidade seria suficiente para produzir 76 mil pedras de crack, que seriam comercializadas nas praias da região.

A droga foi encontrada em um carro Fox preto, de placa de São Paulo, que era ocupado pelo caminhoneiro pernambucano João Monteiro de Oliveira, 56, e pelo filho dele, Michael Sans de Oliveira, 22. O material apreendido era fabricado fora do país, sendo o crack, da marca Leon, de origem paraguaia, e a pasta base vindo da Bolívia e da Colômbia. Ambos foram contratados pelo paulista Claudemir Henrique, 31, e pelo cearense Antônio Rodrigues Lopes Filho, 53 que foram ao Sudeste realizar o contato e estavam hospedados na pousada desde o último dia 14 de agosto, no aguardo da encomenda, e estavam sendo acompanhados de perto, sem perceber, pelos policiais.

Além da droga e dos veículos, também foram apreendidos uma CPU de computador, sete aparelhos celulares, vários comprovantes de depósitos bancários em nome de várias pessoas inclusive de Claudemir, com diversos valores a receber e a pagar que ultrapassam os R$ 950 mil, além de uma carteira de identidade falsa em nome de Eduardo.