Mulher, feminista, empreendedora, a pedagoga Schuma Schumaher, nascida Maria Aparecida Schumaher, de 47 anos, é a coordenadora do projeto Mulher: 500 Anos Atrás dos Panos e da ONG Rede de Desenvolvimento Humano (Redeh) que busca resgatar a participação feminina no Brasil de todas as épocas.
Apaixonada pesquisadora da temática negra Schuma diz:” a idéia é refletir sobre a ausência das mulheres na História oficial e resgatar, com a pesquisa, a participação delas na construção do Brasil”.
Schuma transforma idéias em brilhantes pesquisas de descobertas históricas. Agora nos apresenta o livro: “Mulheres Negras do Brasil”.

A idéia do livro surgiu a partir do lançamento do Dicionário Mulheres do Brasil, em 2000, quando Schuma e Érico Brazil ,  co-autor da referida obra, perceberam que muitas lacunas sobre a contribuição dos negros e negros na construção do país ainda precisavam ser preenchidas. Além das entrevistas e dos depoimentos colhidos, eles recorreram a diferentes acervos e documentos históricos, para escrever esse título, que representa uma nova etapa do projeto “Mulher, 500 anos atrás dos panos”, que vem sendo desenvolvido pela Redeh.
O livro "Mulheres Negras do Brasil", terá  lançamento em Alagoas no I Ciclo Nacional de Conversas Negras, dia 24 às 20 horas, na Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, bairro Farol, ajuda a construir um novo olhar sobre o passado e a superar a invisibilidade das mulheres negras, levando ao reconhecimento de suas contribuições na formação de nossa identidade.

Carlos Nobre Cruz é um experiente jornalista, pesquisador, professor do Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio e mestre em Ciências Penais (Universidade Cândido Mendes). A sua experiência e perspicácia no jornalismo já o consagrou com 6 premiações, sendo 2 deles prêmios Esso (1987 e 1989). Trabalhou nos jornais O Dia, O Globo, Jornal do Brasil, Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo e na revista Isto É Senhor. Realizou também estudos na UCAM sobre policiais negros da PM do Rio de Janeiro.
Autor de cinco livros sobre direitos humanos, cidadania, relações raciais, ficção e da coleção Personalidades Negras, da Editora Garamond (RJ). A história das Mães de Acari, que ao longo da década de 90 travaram a luta contra a impunidade dos assassinos dos seus filhos e os corpos da vitimas foi tema de um dos livros de Nobre.
Na noite do dia 24 de agosto, às 20 horas,na Federação das Indústrias do Estado de Alagoas,bairro Farol, Carlos Nobre nos apresenta o seu mais recente livro: “O negro na Polícia Militar: cor, crime e carreira no Rio de Janeiro”,como resultado de dois anos de pesquisa em em cinco unidades da corporação carioca : Batalhão de Policiamento Turístico (Bptur), Grupamento de Apoio em Áreas Especiais (Gpae Pavão-Pavãozinho e Cantagalo), 12º. BPM (Niterói), 19º. BPM (Copacabana) e Quartel-General(Centro) e relata a condição do negro na Polícia Militar do Rio de Janeiro
Uma das constatações mais significativas do estudo (foram ouvidos 49 praças e oficiais negros através de entrevistas com duração de duas horas) é que a PM é a instituição estatal no Rio que quem mais emprega negros. Pelo menos, 60% da tropa (oficias e praças) são afrodescendentes, segundo Nobre. Se levados em conta somente os praças, o percentual de afrodescendentes sobe para 66%.

Data: 24 de agosto, terça-feira, às 20 horas

Local: Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, Avenida Fernandes Lima, 385 Casa da Indústria, bairro Farol

“Mulheres Negras do Brasil”- R$ 100,00 (cem reais)


“O Negro na Polícia Militar: cor, crime e carreira no Rio de Janeiro”- R$ 35,00

Com informações: Web: Ciranda Afro Iniciativa Afro-Brasileira de Comunicação Compartilhada
Web: AldeiaGriot