Durante uma visita ao Secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, e ao presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados de Alagoas (OAB), Gilberto Irineu, familiares dos quatro jovens mortos a tiros no último final de semana, no bairro do Benedito Bentes, afirmaram que os adolescentes foram executados a mando do proprietário da fazenda onde os corpos foram encontrados.

Em depoimento na OAB, a mãe do menor Lucas Barbosa da Silva, Erotildes Barbosa da Silva, porta voz dos outros familiares, disse que o local onde os corpos foram desovados serve como criatório de jibóias (uma serpente que quando adulta tem o tamanho de 2m a 4m e no Brasil é segunda maior cobra, depois da sucuri) e que todos os moradores do Benedito Bentes, principalmente do Conjunto Cidade Sorriso sabem que o dono deu ordem expressas para matar quem entrasse na fazenda.

“Meu filho e os outros não eram marginais e não usavam drogas. Eles foram executados”, afirma Erotildes. Todo adolescente que entra naquela fazenda sai na base do tiro. O dono manda matar qualquer pessoa que entrar lá”, disse Erotildes, afirmando que tem uma testemunha que viu os jovens sendo arrastados por quatro homens.

Os adolescentes desapareceram na última sexta-feira (13), quando saíram de casa afirmando que iriam buscar lenha em uma mata da região.

Gilberto Irineu descartou a ligação das mortes dos jovens com o tráfico de drogas. “Esse foi um crime bárbaro, quem tem quer solucionado. A partir dessas declarações da família, a polícia já pode trabalhar com uma linha de investigação”, garantiu Irineu.

Na próxima sexta-feira, os outros familiares prestarão depoimento à Polícia. O secretário Paulo Rubim não quis falar com a imprensa.