Uma operação envolvendo as policias de Alagoas e Sergipe prendeu durante a madrugada de hoje no Aeroporto Zumbi dos Palmares e em uma pousada de Maceió uma quadrilha composta por duas mulheres e dois homens que praticavam assaltos em vários estados do Brasil e escolhendo sempre prédios de luxo.
Os presos foram apresentados na manhã de hoje na sede da Policia Civil de Sergipe. Monalisa Dias de Oliveira, Érica Regina Pazin, Leandro Patrick Bezerra da Silva e Marcelo Correia de Oliveira entravam em prédios de luxo sem levantar suspeitas e roubavam jóias, dinheiro e objetos que encontravam pela frente.
Durante os assaltos, as mulheres não encontravam resistência dos porteiros que acreditavam que a dupla era proprietária ou parente de alguns dos proprietários do apartamento. Ao entrar no prédio as mulheres escolhiam sempre o último andar, onde tocavam aleatoriamente nas campainhas para ter certeza que não havia ninguém no momento do assalto.
O delegado Cristiano Barreto explica que muitas vezes os proprietários não acreditavam que tinha sido alvo de assalto por parte de uma quadrilha, isso porque as mulheres usavam uma chave especial para entrar, sem danificar a porta. O grupo era tão articulado que durante uma ação eles chegaram a entrar no apartamento encontraram com a empregada doméstica e disseram que estavam ali porque iriam pegar um objeto para a proprietária.
Para a polícia não resta dúvida de que Monalisa era a líder do grupo. A mulher tem várias passagens pela polícia pelo mesmo crime. Segundo a polícia Monalisa já foi presa em São Paulo, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. A investigação mostra que parte da quadrilha que Monalisa fazia foi presa e por isso, ela começou a praticar assaltos no nordeste. “Foi Monalisa que requisitou Érica, Léo e Marcelo para participar dos assaltos”, afirma o delegado Cristiano Barreto.
Quadrilha
A investigação da polícia aponta a quadrilha como sendo de classe média. “Érica é dona de um ponto de Xerox que funciona dentro da PUC de São Paulo”, lembra o delegado que menciona que todos possuíam bens.
A polícia também já sabe que Monalisa e Leandro tinham um envolvimento amoroso e que Marcelo e Érica eram apenas amigos. Marcelo que falou para a equipe do Portal Infonet disse que a família é sergipana e que o grupo teria apenas lucrado cerca de R$4 mil durante o assalto. “Eles estão falando muita coisa, mas não tenho dinheiro, se tivesse não estaria aqui sem advogado”, defende o preso.
O delegado afirma que os quatro vão responder pelos assaltos e formação de quadrilha. A polícia ressalta que não conseguiu recuperar os bens que foram furtados, mas a investigação continua para tentar prender os receptadores.
"A quadrilha vinha agindo em diversos estados do país e nós já tinhamos verificado que a ação desse grupo tinha começado no Estado de Sergipe no mês de junho deste ano que no caso foi a data que nós registramos o primeiro boletim de ocorrência de subtração de jóias, óculos esportivos e perfumes em um apartamento da capital, a partir daí começamos um levantamento de todas as pessoas que se hospedaram em hoteis e pousadas da capital, pessoas que locaram veículos e passaram pelo aeroporto e rodoviária de Aracaju. Como Sergipe é um estado pequeno e possui uma movimentação menor com relação aos outros estados da federação, as investigações se tornaram privilegiadas. Então nos informaram que esse determinado grupo estaria desembarcando na madrugada da última quinta feira, no aeroporto de Maceió, em seguida com uma equipe da polícia de Alagoas e outra do nosso estado, conseguimos efetuar a prisão dos quatro em uma pousada de Maceió", destacou o delegado
Veja como age uma quadrilha