O assassinato do estudante Fábio Acioli, 21, completa um ano este mês e o nome do autor intelectual ainda não foi revelado, embora a polícia tenha prendido três pessoas, acusadas de participação no caso, que chegou a ser considerado como crime homofóbico. O estudante foi sequestrado no bairro de Cruz das Almas e queimado vivo no dia 11 de agosto do ano passado, vindo a falecer no dia 28.
Várias versões foram dadas para o caso, o que fez o promotor José Antônio Malta Marques pedir a reconstituição do crime, que aconteceu no dia 4 de maio, com os principais envolvidos, o ex-servidor municipal, Rafael Cícero de França, acusado de ter atraído Fábio para o coqueiral, Carlos Eduardo e Wanderlei Nascimento, acusados de serem os autores materiais, o garçom do Betos Bar, Márcos Aurélio e um taxista.
Marcos Aurélio apontou aos peritos detalhes de como ocorreu o encontro entre os autores materiais e um possível mandante do crime, que teria negociado o crime ali mesmo, no Bar.
No início do ano o juiz Geraldo Amorim, da 9ª Vara Criminal da Capital solicitou à Microsoft a realização de uma perícia no computador de Fábio, após peritos da Polícia Federal (PF) não conseguiram recuperar informações contidas no HD, que armazena as informações.
A promotoria chegou a afirmar que havia uma suspeita sobre a autoria intelectual do crime e que se tratava de uma pessoa influente no Estado, mas afirmou que era necessário esgotar todas as possibilidades na investigação. O promotor explicou que as oitivas foram concluídas, mas a defesa dos acusados indicou testemunhas que moram no interior de São Paulo.
“Estamos aguardando a chegada de cartas precatórias do interior e também a conclusão da perícia da microsoft e das escutas telefônicas da PF. Tudo é muito complexo porque são milhares de telefones e é preciso fazer o cruzamento com os horários citados pelas testemunhas. Não só a sociedade como eu estou ansioso para que esse crime seja esclarecido”, destacou.
O promotor contou que tanto ele quanto o juiz foram a PF saber se havia novidades sobre as investigações. “Ainda não podemos encerrar a instrução, pois não há prazo para que o material que falta seja entregue. Infelizmente a pressão não pode fazer a gente concluir o caso. Mas, sempre pode surgir um fato novo e estamos prontos para tomar qualquer providência, independente de quem seja o mandante”, afirmou.
O crime
Fábio Acioli foi levado para um canavial no bairro Benedito Bentes, no Peugeot prata de placa MUH-6407/AL, que pertencia ao seu pai.
Após ser torturado, ele foi queimado vivo e, ainda lúcido, se arrastou até a pista, onde pediu socorro a moradores do local. Após ter sido socorrido, internado no Hospital Unimed, em Maceió, ele foi transferido para o Hospital São Marcos, em Recife (PE), onde morreu de infecção generalizada.
Veja abaixo um video onde jornalistas,políticos e o povo em geral falam sobre o que esperam deste caso um ano depois deste terrível crime.
Abaixo um video com a reconstituição do crime e entrevistas com o promotor e advogado de defesa