A Casa de Custódia da Polícia Civil de Alagoas, em Maceió, é uma experiência inovadora que vem dando certo. Em um ano de funcionamento, completado no dia 31 de julho, nenhuma fuga ou incidente – como motins e rebeliões – foram registrados.

A implantação da casa de custódia foi concretizada a partir de um projeto idealizado pelo delegado-geral Marcílio Barenco que visa desativar as carceragens das delegacias de polícia do Estado, propiciando que os policiais civis – lotados nas distritais e especializadas - possam executar exclusivamente a sua atividade-fim (investigação).

O local escolhido para esse projeto-piloto foi o prédio do 9º Distrito da Capital, onde funcionou a antiga Delegacia de Roubos e Furtos, no bairro do Jacintinho. Ao mesmo tempo em que melhorias foram realizadas no 9º DP, com a desativação de suas celas, edificou-se um anexo para servir de casa de custódia para presos provisórios – um investimento que girou em torno de R$ 40 mil e que vem obtendo excelentes resultados.

Atualmente, todas as pessoas presas em flagrante em Maceió e nos municípios de Marechal Deodoro e Barra de São Miguel, ou aquelas detidas através de mandados de prisão expedidos pela Justiça, tanto na Capital como no interior do Estado, são levadas para a casa de custódia, antes de serem enviadas para o sistema prisional.

Nesse período, mais de 2.680 presos já passaram pela carceragem da casa de custódia que apresenta outra inovação: todos eles são fotografados e entram para os registros no Sispol (Sistema de Informação Policial), o que possibilita à Polícia Civil dispor de um banco de dados sobre pessoas envolvidas em ilícitos penais.

O prédio apresenta um moderno sistema de segurança com toda área sendo monitorada por circuito interno de câmeras. Além disso, os muros receberam serpentinas, feitas em aço cortante, e somente policiais podem circular no local.

A coordenadora da casa de custódia, Maria Goretti Cavalcante, explica que, apesar de todo esse rigor na segurança, os presos provisórios recebem toda a assistência prevista em Lei. Duas vezes por semana, um defensor público visita o lugar para oferecer a devida atenção aos detentos. A alimentação (três refeições diárias) é fornecida pelo próprio Estado.

Hoje, segundo o coordenador operacional Murilo Moura, a segurança é feita por 32 policiais civis que se revezam às 24 horas, diariamente. Eles dispõem de armamento adequado e de moderno sistema de informática para dar andamento às suas tarefas.

A experiência foi tão bem sucedida que uma nova casa de custódia, seguindo o mesmo modelo, foi implantada e está em funcionamento na cidade de Arapiraca – no prédio onde funcionava a Delegacia Regional da cidade.

Em função do aniversário de funcionamento, a coordenadora Goretti Cavalcante, convidou algumas autoridades para uma visita a Casa de Custódia. Estiveram presentes na manhã desta sexta-feira (06), o delegado-geral Marcílio Barenco, o juiz de Direito, George Omena, da 16ª Vara de Execução, o promotor de justiça, Cyro Blatter, a delegada Fabiana Leão, coordenadora setorial de Gestão Administrativa e Financeira, e a delegada Luci Mônica, diretora de Estatística e Informática.