Rafael Timóteo da Silva acusado de ter assassinado o Padre Hidalberto Henrique Guimarães, de 48 anos, morto no ano passado, irá a julgamento no próximo dia 02 de agosto, no Fórum do Barro Duro, em Maceió. Rafael Timóteo, e o adolescente J.A.C.S, assassinaram o religioso com 18 facas no peito e no coração, e vários golpes de cacete na cabeça.

O crime aconteceu no dia 05 de novembro do ano passado, na residência da vítima, localizada na Rua Jurema, n° 90, próximo a avenida principal do Aeroclube em Maceió, no bairro Tabuleiro do Martins, mas o corpo do padre foi encontrado apenas no sábado, dia 07, caído dentro de um dos cômodos da residência, já em estado inicial de decomposição. O padre Guimarães, como era conhecido, era pároco da igreja Nossa Senhora das Graças, em Murici, zona da mata de Alagoas.

À época, os acusados confessaram o crime e foram indiciados pela Polícia por crime de latrocínio- roubo seguido de morte, já que roubaram do religioso, um par de tênis e um aparelho de DVD. Na versão dada à polícia, Rafael disse que o crime ocorreu porque o padre teria o ameaçado com uma faca, por não aceitado manter relações sexuais com o religioso. Ainda segundo o depoimento de Rafael, padre Guimarães convidou os dois rapazes para beber algumas cervejas em um bar, mas logo em seguida fez o convite para todos irem a sua residência no Salvador Lyra.

No caminho, já por volta das 2h30, segundo o acusado, ainda pararam no hipermercado Extra, no bairro da Gruta de Lourdes, onde compraram duas caixas de cerveja, cigarros, batatas fritas e amendoins. O menor afirmou que teria bebido muito e acabou dormindo, somente acordando com uma grande discussão e luta corporal entre Rafael e o religioso. Ele disse ainda que o padre já havia sido esfaqueado e ele chegou a desferir várias pauladas na cabeça da vítima.

Tanto Rafael quanto o menor disseram que não sabiam que a vítima era um sacerdote. O crime chocou a sociedade de Maceió e da cidade de Murici. A versão dada pelos acusados foi contestada por amigos e pessoas próximas ao Padre, que afirmaram que os assassinos queriam denegrir a imagem do sacerdote.