Continua em tramitação na justiça o caso do garoto Leandro Oliveira da Silva, 11 anos, assassinado a pauladas em seu quarto, residência localizada na Rua Manoel Machado, no bairro Santa Lúcia, em Maceió, no dia 10 de janeiro de 2008.
Na tarde desta quarta-feira (14), o juiz Geraldo Amorim, responsável pelo caso, ouviu cinco testemunhas de acusação. As investigações apontam que a madrasta do menor, Adriana Maria Barros da Silva, é a autora do homicídio.
Dentre as pessoas que prestaram depoimento está a mãe do menor, Ana Sheila Maria da Silva, que acredita ter sido a madrasta a assassino do filho. O pai da criança, que detinha a guarda, não compareceu para depor.
De acordo com o magistrado, alguns vizinhos prestaram depoimento, além da acusada. Ele explicou ainda que a fase de instrução continua e que as partes – acusação e defesa – requereram que novas testemunhas fossem arroladas, o que foi concedido pelo juiz.
Após esta fase, Geraldo Amorim deverá dar vistas em todo o processo e em seguida decidir se a acusada será ou não pronunciada.
O crime
As investigações policiais apontaram que Adriana Maria Barros é a assassina do menor. Os dois tinham uma relação muito conturbada. O menor por diversas vezes havia se queixado com vizinhos da difícil relação que mantinha com a esposa do pai.
O corpo de Leandro Oliveira foi encontrado sobre a cama. Ao lado dele estava um pedaço de caibro, objeto utilizado como arma do crime. O pai da vítima, Manoel Mendes de Oliveira, foi quem encontrou o corpo. Um bilhete foi encontrado ao lado do corpo.
O delegado do 5º Distrito Policial, Arnaldo Soares de Carvalho, foi o responsável pelo caso. A versão dada à polícia pela madrasta era de que teria saído de casa e que a residência foi arrombada.
Mas a polícia chegou a outra conclusão. A madrasta e a assassina do menor. Perícias feitas no local mostraram que o pedaço de pau era da casa onde Leandro morava. O crime teria acontecido entre as 4h e 5h e Adriana Maria deixou a residência às 7h. O laudo mostrou ainda que todas as pancadas foram na cabeça e que não houve indícios de arrombamento no local.
O bilhete encontrado ao lado do corpo também chamou a atenção da polícia. Nele, Leandro era chamado de ‘cagoete safado’ (dedo-duro), devido a denúncias de que haviam supostos traficantes na escola onde estudava. Mas a polícia descobriu que o bilhete havia sido ‘plantado’ e que a expressão era usada pela acusada para chamar o menino.