A coordenação da campanha da petista Dilma Rousseff trabalha para arrecadar R$ 157 milhões, sendo R$ 30 milhões do caixa do PMDB, contando também com a ajuda das camadas mais ricas da população, que a exemplo de grupos mais pobres estão satisfeitas com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os arrecadadores de Dilma avaliam ter vantagem em relação a José Serra e preveem receber, em doações, até três vezes mais do que o adversário, embora o tucano tenha estimado gastos maiores, de R$ 180 milhões.

Um dos coordenadores da campanha de Dilma arriscou-se a dizer que, “para cada R$ 0,1 para Serra, Dilma terá R$ 0,3”.

De acordo com os petistas, os empresários têm dito que não há motivos para queixas. Como, para eles, Dilma é a continuidade do atual governo, não haveria motivos para os empresários negarem as contribuições eleitorais quando forem procurados.

A indústria naval, por exemplo, que estava quebrada antes do início do governo Lula, foi reativada graças, principalmente, às encomendas da Petrobras. A estatal já anunciou que investirá R$ 52 bilhões na próxima década.

Os petistas dizem que o setor financeiro não teve dificuldades nem durante a crise econômica internacional deflagrada em 2008. Isso graças a programas incentivados pelo governo, que blindaram os bancos com uma forte movimentação de dinheiro no mercado interno e possibilitaram a alguns deles ter em 2010 o maior lucro da história.

Soma-se a isso o crescimento da indústria da construção pesada no Brasil e no exterior, com abertura de mercados em países da América Latina, como Bolívia, Peru, Argentina, Equador e Venezuela, por conta de financiamentos concedidos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aos vizinhos. A exigência feita para os empréstimos é que os governos dos países beneficiados contratem empresas brasileiras.