Mais ações contra o racismo e todas as formas de discriminação merecem ser vivenciadas e multiplicadas... A Copa do Mundo é um evento significativo para  a criação de mecanismos  de diálogo ampliado contra a intolerância humana...


Os capitães das oito equipes ainda vivas na Copa do Mundo lerão, antes das quatro partidas pelas quartas de final do torneio, que serão disputadas nesta sexta-feira e sábado, uma declaração contra todo tipo de discriminação no futebol e na sociedade. Desta forma, segundo a FIFA, as seleções “se unem para deixar uma clara mensagem contra o racismo e qualquer outra forma de discriminação”.
Durante os atos prévios ao jogo, as equipes também posarão junto aos árbitros da partida com um cartaz com a seguinte mensagem: “Diga NÃO ao racismo”. Desde 2001, a entidade organiza os Dias FIFA contra a discriminação durante seus torneios.
“Como parte integrante de nossa responsabilidade social, devemos aproveitar nossos torneios para sensibilizar as pessoas sobre os assuntos mais problemáticos da sociedade atual. A voz dos jogadores nos servirá para amplificar esta mensagem e para que a solidariedade, o respeito e o jogo limpo sejam levados em conta”, afirmou o presidente da Fifa, Joseph Blatter.
O líder sul-africano Nelson Mandela considera que “o esporte é capaz de gerar esperança onde antes só havia desânimo. Tem mais poder que os governos na hora de acabar com as barreiras raciais. O esporte ri na cara de qualquer tipo de discriminação”, completa a nota da Fifa.
“Este torneio uniu os sul-africanos para criar um legado que Nelson Mandela sempre desejou para este país. Apesar deste projeto por si só não solucionar todo o problema, ele envia uma mensagem de forma inequívoca de tolerância zero ante qualquer tipo de discriminação”, declarou Tokyo Sexwale, ministro sul-africano de Habitação.
O ex-jogador Anthony Baffoe, de Gana, afirmou que tem esperanças de ver a discriminação fora do esporte. “Se todas as pessoas ligadas ao futebol se unirem para condenar a discriminação e atuarem contra ela, há possibilidades de erradicá-la do esporte”, comentou.