A Polícia Civil de Belo Horizonte informou, nesta quarta-feira, que vestígios encontrados na terça-feira dentro da Range Rover do carro do goleiro Bruno eram mesmo de sangue. As autoridades informaram que o material, encontrado no porta-malas do veículos, ainda não pode ser considerado como compatível com humano.
Bruno retornou às atividades no Flamengo nesta quarta-feira. O goleiro esteve treinando no Ninho do Urubu, centro de treinamento do clube, em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio. Aparentando tranquilidade, o atleta sorriu, trabalhou normalmente e conversou com colegas.
No último fim de semana, a polícia colheu saliva do pai de Eliza, Luiz Carlos Samúdio, no último final de semana, quando ele esteve em Minas Gerais. Esse material será comparado, por meio de exame de DNA, com a amostra encontrada no porta-malas.
O material foi encontrado com a ajuda de uma substância chamada Luminol (produto químico especial capaz de fazer aparecer traços de sangue até então invisíveis a olho nu). Na terça-feira, fontes da Polícia Civil haviam informado que foram encontrados vestígios de sangue no sítio e no carro do goleiro, mas o delegado titular do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, Edson Moreira, negou as informações.
Ele afirmou que foram encontradas manchas avermelhadas no console e no porta-malas do carro, mas ainda não era possível confirmar se era sangue. Também foram encontrados vestígios "não removíveis" na parede da casa, que serão analisados em exames mais detalhados.
O caso
Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. Na última quinta-feira, a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza teria sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador. Ainda de acordo com informações recebidas pela polícia sob sigilo, o goleiro teria queimado roupas e pertences de Eliza após o crime.
Segundo a apuração da polícia, Bruno esteve no sítio entre os dias 6 e 10 de junho. Na noite de sexta-feira, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta estaria lá. A atual mulher do goleiro negou a presença da criança na propriedade.
No entanto, durante o depoimento dos funcionários do sítio, um dos amigos de Bruno afirmou que, por volta de 19h de sexta-feira, Dayane havia entregue o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, ela acabou presa. Contudo, após conseguir um alvará, foi colocada em liberdade na manhã de sábado. Ela também será novamente convocada a depor.