Agente da Delegacia Distrital de Junqueiro prenderam neste final de semana Jailson Silva dos Santos, 31 anos, conhecido como “Galego”, e Josivan dos Santos, 18, o “Negão”, acusados do assassinato de José de Jesus Silva, o “Zé do Né”, de 46 anos, ocorrido no dia 6 de abril passado, na localidade “Chã Grande”, próximo ao povoado Coroa de Areia, na zona rural do município de Junqueiro.

No dia do crime, policiais comandados pelo delegado Rubem Natário, estiveram na cena do crime, realizando os primeiros levantamentos. Segundo foi apurado, a vítima foi abordada, imobilizada e transportada a cavalo para o local onde foi executada a tiros de espingarda calibre 12, no peito esquerdo.

A prisão de “Galego” e “Negão”, este último genro da vítima, aconteceu no povoado Coroa de Areia, numa operação que teve o apoio de policiais militares do GPM de Junqueiro.

Os dois acusados foram interrogados e confessaram a autoria do crime, alegando que se não matassem o “Zé do Né”, hoje não estariam vivos. Eles disseram que a vítima trama matálos.

Segundo as investigações, José de Jesus Silva não aceitava o relacionamento de sua filha com “Negão”, humilhando-o em várias oportunidades, até sofreu um atentado, quando trafegada em seu carro e foi atingido por um disparo de arma de fogo.

Depois deste fato, a vítima teria comprado uma espingarda, calibre 12, arma usada pelos autores do crime para matá-lo.

José de Jesus portava a arma diariamente, suspeitando que seu genro “Negão” e “Jailson” teriam sido os responsáveis pelo atentado que sofreu.

Conforme a versão dos acusados, sabendo de um possível plano do “Zé do Né" para matá-los, eles se adiantaram e na noite do dia 5 de abril, por volta das 20h30, interceptaram a vítima quando a mesma seguia para o trabalho. Eles ficaram escondidos no matagal e ao perceberem que a vítima, tinha acabado de passar, atingiram a mesma na cabeça, com um pedaço de pau.

“Zé do Né" tentou reagir, mas foi contido com mais golpes de madeira, sendo tomada a sua espingarda. Jailson teria então desferido uma coronhada que lhe deixou desacordado.

Daquele local, próximo a um grupo escolar, a vítima foi arrastada até um cavalo que tinha sido furtado horas antes, sendo levada ao local onde foi executada com dois disparos no peito.

Josivan dos Santos foi reconhecido pelo chefe de Operações da Delegacia de Junqueiro, Carlos Welber, como sendo um dos curiosos que estiveram na cena do crime, acompanhando os trabalhos da polícia e da perícia.

Jailson Silva dos Santos é fugitivo do Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Bernardo do Campo, no Estado de São Paulo, onde praticou roubos e foi condenado a mais de 06 anos de reclusão.

“A prisão de Negão e Galego só foi possível, graças à colaboração do juízo da Comarca de Junqueiro, na pessoa do juiz Hélio Pinheiro, que decretou a prisão dos acusados e a busca e apreensão em suas residências”, disse o delegado Rubem Natário.