Lutar contra o crime organizado nunca foi uma tarefa fácil, junta-se o fato de não se ter estrutura, do outro lado ter mais dinheiro e mais armas e ainda contar com gente importante e influente e até integrantes dentro da estrutura da segurança pública.

Mesmo com tudo isto a última semana pode ser considerado um período importante nesta batalha e três fatores contribuíram para isto em ações que foras desencadeadas por estruturas diferentes como Gecoc do MP, Policia Civil com o Deic, Bope, PRF e Policia Federal.

As ações desencadearam na morte de Marcelo Branco, após uma troca de tiros com a polícia e a prisão de seus principais comparsas no dia 01/06 seguida da prisão de Fernando Vovô no dia 05/06 e finalizada com a prisão de Carlos Fernandes Leitão Lins Júnior, conhecido como “Júnior Oião”.

Depois da prisão de Charlão e da transferência de outros presos importantes para o presídio federal de Catanduvas era em torno destes três traficantes que girava 70% do tráfico em Alagoas e a retirada dos três de circulação é um duríssimo golpe no tráfico.

Um delegado ouvido pelo Cadaminuto disse que é aguardado agora que vários traficantes menores lutem entre si para definir quem ocupará este espaço, e é nesta hora que o tráfico está fragilizado que a polícia tem que agir.

Assaltos a banco

Outra área que a polícia vem mostrando eficiência é no desbaratamento de quadrilhas responsáveis por assaltos a bancos e grandes empresas no Estado, e aí as boas notícias são ainda melhores.
Mais do que a prisão de uma quadrilha inteira, formada por baianos , pernambucanos e alagoanos a polícia junto com o Gecoc evoluíram muito na elucidação da estrutura que permite que estes assaltantes venham ao Estado com toda a estrutura necessária para realizar ações cada vez mais ousadas.

A participação de empresários e comerciantes na formação desta estrutura já está sendo monitorada, uma das pessoas que servem como ponte entre os financiadores e a quadrilha já foi presa e de acordo com o que foi apurado pelo Cadaminuto surpresas podem acontecer ainda esta semana.

Os assaltos a banco são cada vez mais profissionalizados e a estrutura junta especialistas nas mais diversas áreas formados , preferencialmente, por agentes de outros Estados, e a prisão dos “cabeças” nunca esteve tão próxima.

“Estas vitórias não significam que tenhamos vencido esta guerra, a gente sabe que outros traficantes virão, e que outras quadrilhas existem,mas não podemos negar a importância desta semana” finalizou um delegado ligado a cúpula da PC