Ter o cartão de débito clonado em caixas eletrônicos ou em máquinas para efetuar pagamentos. Situações como essas podem ser mais comuns do que se imagina. As reclamações de clientes tornaram-se rotina nas agências bancárias.
Isso foi o que aconteceu com pelo menos três pessoas nesta quarta-feira (26), em Maceió. Os clientes da Caixa Econômica Federal foram vítimas de estelionatários, tiveram os cartões de débitos clonados e dinheiros retirados das contas bancárias.
Uma das clientes da agência, que preferiu não se identificar, explicou a reportagem do CadaMinuto que recebeu hoje pela manhã uma ligação da central de atendimento da Caixa avisando que seu cartão de débito havia sido cancelado. A atendente explicou que o sistema detectou, devido uma movimentação bancária, que o cartão foi clonado.
Ela explicou que foi à agência e o gerente confirmou o saque no valor de R$ 1.000. De acordo com a vítima, o sistema detectou que o saque foi feito numa agência lotérica às 13h20 de ontem (25). “Neste momento eu estava no trabalho, não poderia ter feito um saque desses. Essa minha conta é poupança. Normalmente só faço depósitos e os saques são em valores pequenos”, afirmou a cliente.
O gerente da Caixa Econômica, André Soares, explicou que os hacker’s costumam entrar em sistemas de empresas e acabam conseguindo senhas, números de cartões e assim realizam a clonagem. Ele confirmou que a lotérica onde o saque foi realizado é automaticamente identificada e deverá ressarcir os clientes. “Após o cliente vir a agência e ser detectada a clonagem, o dinheiro é devolvido. Não há prejuízos para ele”, explicou.
Mas a lotérica deverá ser responsabilizada pela movimentação. Segundo Soares, algumas casas lotéricas não solicitam do cliente a apresentação da carteira de identidade, o que fere as normas. “É preciso que o caixa confira a identificação da pessoa. Isso é fundamental para tentar evitar esse crime. Já recebemos algumas reclamações a esse respeito”.
Segundo o gerente, o setor de segurança já deve começar a trabalhar para identificar quem são os responsáveis pela quadrilha. “Nosso sistema identifica a lotérica e em seguida entramos em contato. As câmeras de segurança registram o momento do saque qual o terminal, a atendente e isso pode facilitar para identificar o criminoso”, disse o gerente, lembrando que a investigação fica a cargo da Polícia Federal.