Seis pessoas foram presas durante uma operação da Polícia Civil para desarticular uma quadrilha de traficantes comandada por presidiários no município de Taquari, no Rio Grande do Sul. As investigações tiveram início em março e foram encerradas no fim da semana passada, com a prisão de três suspeitos.

Segundo a Polícia Civil, no dia 12 de março, foi presa a mulher do presidiário conhecido como Nenê Cabeludo, um dos líderes da quadrilha. Na casa da suspeita, os policiais apreenderam 31 g de maconha, 41 pedras de crack, que pesavam aproximadamente 23 g, além de cerca de R$ 600. A partir da prisão da mulher, que foi encaminhada para a Penitenciária Modulada de Montenegro (RS), intensificaram-se as investigações, inclusive com monitoramento através de interceptações telefônicas autorizadas judicialmente.

Em 12 de maio, a polícia efetuou buscas na residência de Chancho, 32 anos, irmão dos detentos líderes da quadrilha. No imóvel foram apreendidas 49 g de crack, que resultariam em cerca de 100 pedras da droga.

No dia seguinte, os policiais seguiram uma mulher conhecida como Lurdinha (ou Gralha), que viajou de Taquari a Lajeado (RS) com o objetivo de comprar drogas para a quadrilha. Ela foi presa em flagrante na estação rodoviária de Lajeado, com cerca de 98 g de crack. Além dela, a polícia prendeu a mulher que lhe entregou a droga, que havia recebido R$ 1,4 mil pela mercadoria. Ambas foram encaminhadas ao Presídio de Bento Gonçalves (RS).

Na última sexta-feira, Chancho foi preso na residência de seus pais. No dia seguinte, foram presos na casa de Nenê Cabeludo W.B.S, 31 anos, e J.A.V., o Ceninho, 48 anos, que possui inúmeros antecedentes policiais, inclusive por tráfico de drogas. Na cueca de W.B.S., a polícia encontrou 18 pacotes de cocaína, num peso aproximado de 7,70 g. No pátio da residência em que a dupla foi presa, foram encontrados mais 80 g da droga. A dupla, oriunda de Porto Alegre, havia chegado recentemente a Taquari para auxiliar a quadrilha.

A Justiça expediu outros sete mandados de prisão temporária, inclusive contra os detentos líderes da quadrilha, os irmãos Nenê Cabeludo, 35 anos, e Dandão, 21 anos. No decorrer da semana, serão ouvidos outros envolvidos na quadrilha, principalmente familiares dos líderes, que poderão vir a ser indiciados por associação para o tráfico.