A polícia procura imagens que possam mostrar o exato momento em que o suspeito de matar a mulher encontrada dentro de uma bolsa, na manhã de sábado (8), jogou o corpo no canal da Rua Visconde de Albuquerque, no Leblon, Zona Sul do Rio. As informações são do delegado Celso Gustavo Castelo Ribeiro, da Divisão de Homicídios (DH), que prepara o pedido de prisão temporária para Rafael da Silva Lima.

Para a Polícia Civil, Rafael é o principal suspeito. Ele teria cometido o crime entre 1h e 5h da manhã de sábado. O corpo de Íris Bezerra de Freitas, de 21 anos, foi encontrado por volta das 9h por funcionários da Rio Águas, órgão da prefeitura responsável pela limpeza do canal. A morte teria sido causada durante uma briga dos dois, possivelmente motivada pelo fim do casamento.

“Estamos analisando as câmeras de prédios no entorno do canal. Queremos verificar se alguma cena do crime foi gravada. Cinco equipes da DH fazem buscas pelas ruas da cidade para tentar prender o suspeito desde a manhã de sábado, o que caracteriza a não interrupção das investigações”, explicou o delegado.

Suspeito ainda pode ser preso em flagrante

A não interrupção, segundo o delegado, permite que o suspeito ainda possa ser preso em flagrante, apesar de passadas mais de 24 horas do momento do crime. O que agravaria sua situação.

“Ainda podemos prendê-lo em flagrante, mas já estamos preparando o pedido de prisão temporária. Quando o mandado for expedido, ele será considerado oficialmente foragido”, afirmou Ribeiro. A Divisão de Homicídios trabalha com a hipótese de crime passional e possivelmente premeditado.

Ainda de acordo com Ribeiro, o ex-marido vai responder por homicídio duplamente qualificado, com agravante por ter tentado ocultar o cadáver, podendo pegar de 12 a 30 anos de prisão.

Como aconteceu

De acordo com a Polícia Militar, o cadáver estava dentro de uma bolsa, na superfície do canal, próximo a uma das saídas de água. Os funcionários da prefeitura analisaram o material e acionaram os policiais do 23º BPM (Leblon). Ainda segundo a polícia, Íris foi morta a facadas.

De acordo com a polícia, o corpo teria sido reconhecido por amigos da vítima, no Instituto Médico Legal (IML). O cadáver foi encontrado com várias marcas de agressão e cortes. Íris Bezerra de Freitas trabalhava numa loja de roupas em Ipanema, também na Zona Sul da cidade.

Policiais da Divisão de Homicídios foram acionados para o local e realizaram a perícia. De acordo com os agentes, os amigos da vítima e os funcionários da prefeitura que encontraram o corpo prestaram depoimento na delegacia.