Dois grupos fortemente armados trocaram tiros e lançaram granadas em uma ação que explodiu um carro e deixou uma moto e outro automóvel incendiados na tarde desta quinta-feira no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. O filho do contraventor Rogério de Andrade teria sido executado na ação. O rapaz, cuja idade não foi divulgada, teria morrido na hora.
De acordo com primeiras informações, o bicheiro também estaria dentro do veículo atingido. Ele estaria no Hospital Barra D'Or, no mesmo bairro. Fontes da Polícia Civil afirmaram que o veículo do bicheiro e mais um outro carro estariam com marcas de estilhaços de granada e de tiros de fuzil.
O tiroteio aconteceu na avenida das Américas, na altura do Grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros (GMar). De acordo com a Polícia Militar (PM), os dois grupos estavam fortemente armados. Houve muitos disparos de fuzis e explosão de granadas.
No dia 23 de junho de 2009, os cinco ministros da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiram, por unanimidade, soltar Rogério Andrade, suspeito de chefiar a máfia dos caça-níqueis da zona oeste do Rio. O contraventor estava preso em Bangu 1, no Complexo de Gericinó.
Rogério - que protagonizou uma guerra contra o rival, Fernando Iggnácio, deixando dezenas de mortos - havia sido condenado a 19 anos de prisão pela morte do primo, Paulinho de Andrade, filho de Castor de Andrade, em 1998, na Barra da Tijuca.
Em novembro, o advogado Luiz Carlos da Silva Neto, que defende o bicheiro, já havia conseguido, no mesmo STJ, a anulação da sentença. Um novo julgamento estava previsto para ocorrer na sexta-feira, mas a sessão foi cancelada.
Em janeiro, Rogério e Iggnácio foram condenados pela 4ª Vara Federal Criminal a 18 anos de reclusão por formação de quadrilha armada, corrupção ativa e contrabando após a Operação Gladiador. Em março, contudo, Iggnácio já havia conseguido um habeas corpus.