Após vários protestos cobrando reajustes salariais e sem nenhuma resposta do governo do Estado, servidores públicos da segurança pública estão mobilizados nesta quarta-feira (07) com o objetivo de alertar a população sobre o descaso das autoridades quanto ao funcionalismo público.
Na manhã de hoje, os policiais militares em Alagoas iniciaram um aquartelamento. O protesto é referente à defasagem salarial. Os policiais que estariam a serviço hoje não estão saindo às ruas, já que chegam para trabalhar e não estão saindo dos quartéis e batalhões.
A insatisfação dos servidores é devido o governo não dar sinal de querer negociação, quanto a data-base dos policiais. Eles explicam que o aquartelamento será por tempo indeterminado até que o Estado abra novamente o canal de negociação. Os policiais que não estão a serviço, se juntaram a outros servidores para participar de um ato público no centro de Maceió, onde a concentração acontece na Praça Dom Pedro II, em frente a Assembleia Legislativa de Alagoas.
A reivindicação da categoria é o reajuste de 7%, que ficou firmado em acordo com o governo no início de 2007 e que ainda não foi repassado a categoria. Os policiais reclamam do déficit salarial de quatro anos, referente às datas-bases. Além disso, os militares querem a redução da escala de trabalho para 40 horas semanais. Eles seguem ainda a mobilização nacional que luta pela aprovação das Propostas de Emenda à Constituição (PECs) 300/08 e 446/09.
De acordo com o presidente da Associação dos Cabos e Soldados (ACS) de Alagoas, cabo PM Wagner Simas, o aquartelamento está acontecendo em todo o estado, apenas os servidores que estão de folga participam do ato. “Nós vamos continuar mobilizados até que o estado tome uma atitude e conceda nossos reajustes. O governador alega que não há dinheiro para reajustar nossos salários, mas ele concedeu aumentos no duodécimo da Assembleia, Tribunal de Contas e do Judiciário”, disse Simas.
Mesmo com o anúncio do secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, de que caso ocorresse o aquartelamento, o governo tomaria duras medidas e até solicitaria o reforço Guarda Nacional, Simas diz que os policiais não vão se amedrontar. “Podem chamar Guarda Nacional, Marinha, Aeronáutica, Exército que vamos continuar mobilizados e nessa luta. Rubim está com amnésia quando fala que não existe aquartelamento. A secretaria que ele comanda é a do descaso social”, rebate Wagner Simas.