O episódio no qual a gerente da rede de cinemas Centerplex acabou presa em uma suposta operação policial ganhou mais um capítulo no dia de ontem quando o policial civil que falsificou um documento do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas – GECOC foi devolvido do Gabinete Militar do MP para a polícia e começou a sofrer um inquérito administrativo disciplinar.
O Cadaminuto conversou com o delegado geral adjunto da PC, José Edson que confirmou a transferência e o processo e disse que o caso só reforçou os laços entre a Policia Civil e o Gecoc.
“Outras operações importantes já começaram com a emissão deste documento, um informe de inteligência, e em face do bom relacionamento que temos com o Gecoc não usamos um pedido formal e uma abertura de processo até mesmo para evitar que certas operações vazem, como era o acontecido” explicou José Edson.
Mas o delegado reiterou para o Cadaminuto que a polícia não precisa obrigatoriamente de um documento do MP para realizar uma operação policial em qualquer âmbito.
“Houve uma deturpação das informações sobre o poder de polícia e é bom que se deixe claro isto, a Policia não precisa de autorização do MP ou do Judiciário para iniciar qualquer investigação, nós temos a prerrogativa de fazê-la independente de sermos provocados por estes órgãos” explicou o delegado.
José Edsom explicou ainda que no âmbito da Secretaria de Estado da Defesa Social as providências já estão sendo tomadas no sentido de apurar responsabilidades e prevenir eventuais equívocos, e também para evitar a abusiva prática de “carteiradas”, ainda lamentavelmente rotineiras.
“É lógico que esta falsificação do documento foi preponderante para que se tenha sido feita esta operação,o policial vai ter que se explicar e se outros estiverem envolvidos, todos serão ouvidos” explicou ele