O advogado Fernando Ribeiro, que defende Carlos Eduardo Souza e Wanderley Nascimento, acusados de atearem fogo em Fábio Acioli, garantiu que os clientes não tiveram participação na morte do estudante. Segundo ele, Carlos Eduardo e Wanderley , já denunciados pelo crime, foram presos sem provas contundentes.
"Eu li todo o processo e não é claro que eles participaram do crime. A Polícia tem que responder isso. Teve reconchecimento visual, mas as testemunhas tiveram dúvidas. Já entramos com pedido de liberdade do Carlos Eduardo e do Wanderley, que estão presos há seis meses", afirmou Ribeiro.
O advogado colocou ainda que no dia em que Fábio foi raptado, Carlos Eduardo e Wanderley não estavam em Maceió e sim na cidade de Olho D\'Água das Flores. "Testemunhas comprovaram que isso, elas já foram ouvidas pelo juiz Geraldo Amorim", disse Ribeiro.
Entenda o Caso
Fábio Acioli foi raptado na noite do dia 11 de agosto, após sair de uma escola de idiomas na Ponta Verde. O rapaz, que é estudante de arquitetura, foi abordado por dois homens ao parar o veículo Peugeot, de cor prata e placa MUH-6407/AL, que pertencia ao pai da vítima.
Levado para um canavial no Complexo do Benedito Bentes, Fábio chegou a ser torturado e os criminosos jogaram gasolina em seu corpo, atearam fogo e em seguida fugiram no veículo. O carro foi encontrado no dia seguinte, queimado, no bairro de Cruz das Almas.
Para escapar da morte, Fábio conseguiu rolar na lama e apagar as chamas do corpo. O rapaz caminhou até a avenida principal do bairro, onde recebeu a ajuda de populares, que acionaram uma equipe do Samu. Fábio faleceu, no dia 28 de agosto, no Hospital Restauração, na cidade de Recife, onde estava internado.