Na próxima quarta-feira, a partir das 8h, no salão do júri da 7ª Vara Criminal da Capital, sob a presidência do juiz Mauricio Breda, o caso Araújo chegará ao seu desfecho com o julgamento dos últimos envolvidos na trama macabra que culminou com o assassinato do empreiteiro José Maria dos Santos, “o Araújo”.

Desta vez sentarão no banco dos réus o cabo PM Jairo Sebastião Dantas, o ex-policial militar Edílson José Correia do Nascimento, José Alexandre Pereira Clemente da Silva e José Carlos de Almeida Santos, este último será julgado à revelia por encontrar-se foragido em local incerto e não sabido.

A participação
De acordo com os autos do processo, o cabo PM Jairo Sebastião Dantas foi o primeiro a ser preso, após quarenta dias de consumado o feito macabro, em virtude da investigação ligá-lo à emissão de um cheque falsificado da vítima.

Daí por diante, o delegado da época Carlos Alberto Reis, conseguiu juntar as peças do quebra-cabeça e prender todos os envolvidos no assassinato do empreiteiro.

Ainda, segundo os autos do processo, José Carlos de Almeida Santos tinha um caso amoroso com a amaziada de José Maria dos Santos, Maria José da Silva, a Nena (já condenada a 31 anos de prisão como autora intelectual do crime), sendo dele a idéia de contratar os outros elementos para participar da trama assassina, a pedido de Nena.

O contato de José Carlos com o cabo PM Jairo e com o ex-policial militar Edílson José Correia do Nascimento foi o fio condutor pra a consumação do assassinato de José Maria dos Santos.
O cabo Jairo para concretizar a empreitada criminosa arregimentou para a trama dois perigosos marginais: Luiz de Aquino Ferreira (já condenado a 33 anos de prisão) e Marcelo Correia da Silva, (também condenado a 24 anos de prisão, ambos como autores materiais do assassinato de José Maria dos Santos).

O outro acusado José Alexandre Pereira Clemente da Silva comprou os cheques roubados da vítima tendo participação pós-mortem.
 

O caso
Em fevereiro de 2006, José Maria dos Santos, “Araújo”, foi assassinado quando dormia no sofá de sua residência após ingerir um suco contendo o sonífero Rivotril, dado pela sua mulher, numa trama macabra, com requintes de crueldade, lhe tirando qualquer chance de defesa, da qual fizeram partes os policiais militares Antonio Rita dos Santos (já absolvido), Jairo Sebastião Dantas, Edílson José Correia do Nascimento, Maria José da Silva (“Nena”), seu amante José Carlos de Almeida Santos, que está foragido, Marcelo da Silva Correia e Luiz de Aquino Ferreira.

O motivo
Após descobrir a traição amorosa de Nena com o José Carlos de Almeida Santos, Araujo iria deixar a mulher. Para não sair da relação "sem nada", ela planejou o crime, oferecendo trinta e cinco mil reais aos envolvidos para matarem o empreiteiro, no intuito de ficar com bens da vítima.