Familiares da jovem que foi encontrada morta dentro de uma pousada na rua Geru, no Centro de Aracaju, estiveram no Instituto Médico legal na manhã dessa sexta-feira, 22, onde fizeram o reconhecimento do corpo.
A vítima, identificada como Paula Andréa da Silva, de 33 anos, morava na cidade Maceió, e estava em Aracaju, desde há quarta-feira, 13. Segundo informações da cunhada da vítima, de pré-nome Creuza, as duas vieram juntas à capital sergipana, pois a mesma estaria procurando emprego. “Ela soube que eu vinha para Aracaju procurar emprego e pediu para vir comigo, pois tenho parentes aqui. Acontece que ela não quis voltar comigo, aí brigamos e eu fui embora”, contou a cunhada.
Creuza também informou que a vítima esteve no centro da cidade, na companhia de alguns amigos. “Ela me disse que conhecia um pessoal aqui, mas eu não gostei muito do lugar, aí chamei ela para voltar para Maceió, só que ela não quis, pois já estava bebendo, mesmo não podendo beber”, relatou.
Segundo Creuza, o último contato que Andréa fez com a família, teria acontecido na sexta-feira, 22. “Ela ligou para mãe e disse que estava bem, mas não informou que dia voltaria. Estou com um peso na consciência por ter deixado ela aqui sozinha, mas não podia levá-la a força”, comentou a cunhada.
O irmão de Andréa, Danilo José da Silva, que também esteve na Delegacia Plantonista para fazer o laudo cadavérico, informou que o Instituto Médico Legal pediu um prazo de 15 dias para entregar o laudo sobre a causa da morte. “Reconheci o corpo da minha irmã, e percebi que o pescoço estava bem roxo, isso não foi morte natural, alguém a matou. Conversei com o perito, mas ele disse que ainda não podia afirmar nada”, comentou Danilo.
O irmão da vítima também declarou que recebeu uma ligação de um funcionário do IML, onde foi informado da morte da irmã. “ Um tal de Oliveira ligou para casa da minha mãe, ontem[21] dizendo que o corpo tava no IML. Parece que eles acharam um papel com o número de lá, entre as coisas dela,”, informou.
Danilo também relatou que a irmã estava com aproximadamente R$ 3mil, mas que esse dinheiro não foi achado. “A bolsa com alguns pertences dela ainda estava na pousada onde o corpo foi encontrado, mas não tinha nada dentro”, relatou o irmão.
Segundo os familiares, Andréa nunca foi garota de programa e teria informado a família que só ficou em Aracaju, para participar do Pré-caju. “Ela não precisava fazer vida, ela recebia uma pensão e também tinha a família dela”, disse Creuza.
A vítima, segundo o irmão, tinha residência própria na capital Alagoana e já havia morado na Itália, onde vive a sua filha de nove anos de idade. Danilo também informou que irá levar o corpo para sepultar, mas voltará a Aracaju para acompanhar as investigações. “Esse crime não irá ficar assim. Não vou perder uma irmã e deixar por isso mesmo, queremos justiça”, ressaltou Danilo.
Os familiares também disseram que a vítima não era usuária de drogas e que não tinha nenhum envolvimento com traficantes. “Nunca ouvimos falar desse homem que a polícia encontrou a carteira de trabalho, tem muita coisa mal explicada aí. Minha irmã não precisava disso”, afirmou o irmão.
O crime
Paula Andréa da Silva foi encontrada morta em uma pousada localizada na Rua Geru, no bairro Centro, no último dia 19. Segundo informações da Delegacia de Homicídios, a vítima foi assassinada por volta das 2h da manhã.
A polícia suspeita que o autor do homicídio seja José Nascimento Pereira de Sousa, de 27 anos, que deixou a carteira de trabalho cair ao fugir da cena do crime. De acordo com populares, a garota entrou no quarto do suspeito, que estava hospedado na pousada desde segunda-feira, 18, por volta das 14h do mesmo dia. A mulher vestia uma bermuda de cor preta e uma blusa branca.
Marcas de sangue foram encontradas em várias partes do quarto.