“Estamos utilizando todos os recursos disponíveis para elucidar com brevidade esses assassinatos, como fazemos em todos os casos que são da responsabilidade da Polícia Civil alagoana”, foi com esta declaração que o delegado geral adjunto da Policial Civil José Edson explicou a sociedade sergipana e alagoana sobre como anda as investigações do triplo homicídio que vitimou o perito da polícia de Sergipe, Sérgio Figueiredo Souza, 51 anos; o empresário sergipano José Jamyl Teixeira, 40, e o barbeiro Francisco Calixto dos Santos, 68, conhecido como “Chico Baia”, que os acompanhava em um Gol, preto, placa KJF 8982/SE.

O diretor de Polícia Judiciária da Área 2 (DPJA 2), delegado Maurício Henrique, está acompanhando as investigações desde a noite de segunda-feira.

Ele esteve pessoalmente comandando as primeiras diligências que foram efetuadas pelo delegado Thomaz Acioly, que estava de plantão em Penedo, e que tiveram continuidade com a participação do delegado regional José Lindberg e do delegado de Piaçabuçu, Dácio Pacheco. Maurício Henrique informou que os autores do crime já são acusados de um assalto contra uma fábrica de gelo, ocorrido na semana passada, na região.

Eram quatro homens que ocupavam um Polo sedan, cor prata, sendo que três deles estavam usando capuzes. Na manhã desta segunda-feira, o comerciante Gildo da Silva Marinho prestou depoimento e contou ter sido abordado pelos assaltantes quando se dirigia em uma caminhoneta para o Pontal do Peba.

Ele procurou socorro no GPM (grupamento da Polícia Militar), e foi nesse momento que o perito sergipano teria se oferecido para ajudar o grupo de assaltantes, pensando que se tratava de perseguição policial já que os bandidos teriam dito serem da polícia. Sérgio Figueiredo, conforme a versão da testemunha, chegou a se identificar como policial e foi então atingido a tiros.


Sepultamento

Durante o sepultamento do policial sergipano acontecido no final da manhã de ontem, dor e comoção tomaram conta de parentes e amigos. Orações, e uma salva de palmas marcaram a despedida. O último adeus foi ao som da música `Emoções`, de Roberto Carlos.

O coordenador Geral de Perícias (Cogerp), Adelino Lisboa, destacou que Sérgio era um exemplo de profissional. "Sérgio foi um grande colega e um excepcional profissional. Bastante atuante, ele não media esforços e a qualquer hora do dia estava à disposição das demandas da SSP. Foi um dos peritos com o maior número de procedimentos realizados nos últimos anos. Vai fazer muita falta", afirmou.

O superintendente da Polícia Civil, delegado João Batista, também lamentou a perda de Sérgio Figueiredo. "Era um dos melhores profissionais que tínhamos no Instituto de Criminalística. Hoje os que fazem a SSP se despedem com muita tristeza de um excelente profissional e de uma grande colega de trabalho", comentou.

O delegado Paulo Ferreira disse que Sérgio era um homem bom e que sua grandeza de espírito foi testada até na hora de sua morte. "Sérgio viu um homem que não conhecia precisando de seu socorro e não mediu esforços para ajudar. Sua vontade de ajudar o semelhante foi maior do que o perigo que corria em agir desarmado e em um terreno desconhecido. Ele morreu por sua bondade. Por isso, não o esqueceremos e temos a obrigação de levar o seu exemplo para as futuras gerações", disse Paulo.