Muitos são os questionamentos que a polícia e a Justiça alagoana têm para fazer ao ex-cabo da PM Everaldo Silva, que é suspeito de pelo menos 10 homicídios e há 11 anos roda o Brasil e até outros países fugindo da polícia, mas talvez a chave de todas estas perguntas é saber como ele se manteve financeiramente durante todo este período.

Everaldo era cabo da PM,não existe documento publicado em Diário Oficial que mostre sua saída da corporação, tinha como companheiro de fuga o também ex-PM Cicero Felizardo, o Cição e levava uma vida tranqüila em Santo André, com outros documentos, antes que a tragédia envolvendo sua filha Eloá o revelasse.

Desde que ele voltou a fugir a polícia tem monitorado seus passos, sabe que ele passou pelo Centro-Oeste, pelo Norte,foi até a Bolívia, andou por mais quaro Estados, chegou a ter medo de ser morto mas sempre foi bem assistido e sua família em São Paulo, assim como acontecia com a de Maceió recebia sim um auxílio financeiro.

Já em São Paulo ele foi defendido pelo advogado Ademar de Barros, um dos mais caros do Brasil, quando foi preso em Alagoas ele já tinha constituído advogados, entre eles um em São Paulo e dois em Alagoas, Givan Lisboa, que defendeu todos os integrantes da Gangue Fardada e Raimundo Palmeira,um dos mais caros de Alagoas e que tem em seu histórico a defesa de alguns delegados e parlamentares envolvidos com o crime organizado.

Ele chegou a dizer que em São Paulo trabalhava como segurança em dois horários,mas esta informação já foi averiguada e praticamente descartada. A polícia não informa mas uma quebra de sigilo bancário nas contas de Everaldo, sua esposa e de alguns familiares poder trazer a primeira de várias revelações que podem ser feitas durante sua estadia.