A CONSCIÊNCIA DO 20 DE NOVEMBRO

26/12/2009 20:56 - Raízes da África
Por Arísia Barros


Pessoas são estrelas brilhantes.
Não me falem da beleza da “raça morena”,
Minha beleza é negra.
Como negra é minha etnia.
Que a consciência negra não seja só minha
Que ela esteja nos olhos azuis, nos cabelos
loiros, na pele clara dos que me rodeiam.
A consciência negra é meu discurso político.
Qual é o teu discurso social? Podes me responder agora?
Sabes do concreto?
Concreto é o preconceito que sinto.
É o racismo a flor da pele.
É a intolerância social.
Somos 50% da população brasileira
Transportando um quilombo de sonhos.
Palmares mora em mim/
Dandara/Aqualtirene/ Zumbi renasce todos os dias
Nas aspirações de liberdade/
Na busca do respeito à diversidade étnico-racial brasileira.
Que me venham pessoas azuis, negras, brancas, indígenas, ciganas
Quem sabe não virão as encarnadas?
Quero pessoas roxas de muito querer viver,
assim feito feto nascido prematuro e insistindo na querência do estar/
Rasgando a voz em choro de conquista
Que nenhuma sociedade, nenhum país, ou quiçá um continente, possa ser alijado do direito a Educação.

Pessoas são broches raros/
Desses herdados à tardinha quando a esperança ousa fechar olhos para o pôr do sol.
Pessoas são como pássaros/
Voam à cata da felicidade.
Felicidade tem cor/
Ou é puro sabor da partilha?
Vamos fazer da escola um espaço comprometido com a vida/
Com o prazer, o respeito às diferenças.
“Somos diferentes, não desiguais”
Escola teu nome é “transformação”
Teremos um dia essa escola?
Deixo para vocês o exercício da dúvida?
Abenção,minha mãe África!
 

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