O delegado da Polícia Civil Denisson Albuquerque falou por telefone a reportagem do Cadaminuto sobre a confusão envolvendo no início de hoje os vereadores Dudu Holanda,presidente da Câmara Municipal de Maceió e seu colega Paulo Corintho.

“São dois jovens que se excederam na bebida e levaram para as vias de fato problemas da Câmara. Nada justifica o que aconteceu, só espero que esse exemplo de falta de civilidade não seja seguido pelos futuros políticos que vamos eleger e que os dois, após descansarem, analisem o que fizeram e o que poderia acontecer se alguém tivesse armado”, disse o delegado que estava de plantão na Central de Polícia.

Denisson explicou que as versões apresentadas pelos dois envolvidos são conflitantes e que tudo vai ser investigado independente de serem quem são.

“Na verdade são dois grupos cada um defende seus interesses. Teve gente até tentando me convencer que assistiu tudo sem ao menos estar presente e outros estavam tão bêbados que não conseguiam nem ficar de pé”, disse o delegado.

Denisson Albuquerque disse que todas as denúncias de irregularidades serão investigadas pela delegada do 2º DP e desmentiu com veemência a informação que Paulo Corintho teria pedido para que Dudu fosse preso devido à mordida na orelha. Denisson também disse que a mordida na orelha do vereador não chegou a ‘arrancar’ uma parte, como foi anunciado.

“Isso nunca aconteceu dentro da delegacia. Essa notícia chegou para mim através de um repórter, mas quem tem caneta escreve o que quer e quem tem boca fala o que quiser, até acabar a tinta da caneta e os dentes caírem. Eu não sei nem que história foi essa de que o vereador teve a orelha arrancada com a mordida. A mordida teve. Isso é fato, mas decepá-la, isso é mentira”, afirmou o delegado.

Ele também acrescentou que vários políticos e advogados foram até a Central de Polícia para prestarem solidariedade aos dois vereadores, mas que em nenhum momento permitiu que o flagrante se tornasse um ‘ato político’.

No final dos depoimentos, o delegado encaminhou os dois vereadores para o IML de Maceió onde foi feito exame de corpo e delito. Logo após, Paulo Corinhto foi acompanhado de parentes até o Hospital da Unimed, onde, segundo ele, foi submetido a uma pequena cirurgia devido à suposta mordida na orelha.