Uma operação realizada pela Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) culminou com a prisão, no início da manhã desta sexta-feira (18), de Cícero Cavalcante (PMDB), prefeito de São Luiz do Quitunde. Cavalcante retornaria hoje a prefeitura da cidade após decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que afastou o ex-prefeito Jean Cordeiro, acusado de compra de votos no pleito de 2008.

A prisão de Cícero Cavalcante está relacionada com o homicídio do suplente de vereador e líder comunitário José Geraldo Renovado de Cerqueira, 32, crime ocorrido em 02 de outubro de 2007. A vítima estava na porta de casa, em São Luiz do Quitunde quando foi abordada por dois homens que efetuaram vários disparos contra ele.

De acordo com investigações da polícia, Cavalcante é apontado como o autor intelectual do homicídio. A ordem de prisão foi cumprida por policiais civis, comandados pelo delegado-geral adjunto José Edson de Freitas Júnior e pelo delegado Maurício Henrique, diretor da Diretoria de Polícia Judiciária da Área 1 e 2 (DPJA 2).

O prefeito foi preso em sua residência, localizada no município de Matriz do Camaragibe. A prisão preventiva de Cícero Cavalcante foi decretada e ele será encaminhado ainda hoje para o sistema prisional. Capitão Farias, assessor de Cícero Cavalcante, também foi preso.

Armação política

No Instituto Médico Legal Estácio de Lima, para onde foi levado para fazer exame de corpo de delito, Cícero Cavalcante disse à imprensa que está sendo vítima de armação política. Segundo Cavalcante, sua prisão foi uma armação da oposição, que queria impedir sua posse na prefeitura, que aconteceria hoje.

Cícero Cavalcante negou qualquer envolvimento na morte do suplente e disse que não tinha nenhum problema com a vítima. Ele disse ainda que sua prisão já era esperada, pois há vários dias na cidade esse era um assunto comentado pelas ruas e isso seria uma forma da oposição ganhar tempo.

A prisão preventiva do prefeito foi decretada, mas segundo eles, seus advogados já deram entrada com um pedido de habeas corpus. Cavalcante disse ainda que seus advogados vão confirmar se existe algum impedimento para que o vice seja empossado, até o momento em que ele conseguir ser liberado da prisão.