A Polícia Federal indiciou sete pessoas em Santa Catarina acusadas de supostos crimes de corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa e violação de sigilo funcional. Cinco representantes do governo estadual, entre autoridades e servidores, e dois empresários do ramo de combustíveis estão entre os indiciados, segundo informações divulgadas pela PF na manhã desta quinta-feira, em Florianópolis.
O superintendente regional da Polícia Federal, Ademar Stocker, afirmou em entrevista coletiva que o caso corre em segredo de Justiça e que por isso não seriam divulgados os nomes dos indiciados.
A empresa Arrows Petróleo do Brasil, segundo o policial, teria pago a servidores o valor de R$ 100 mil para que sua inscrição estadual, suspensa por inadimplência, fosse reativada.
O inquérito foi entregue à Justiça e ao Procurador Geral do Estado, Gercino Gomes Neto, na noite desta quarta-feira. O caso vem gerando muita polêmica em Santa Catarina, pois o vice governador Leonel Pavan (PSDB) chegou a ser intimado para prestar esclarecimentos sobre uma possível ligação com a empresa investigada.
O depoimento dele ao processo foi realizado na semana passada, no prédio da superintendência da Polícia Federal. Apesar da polêmica, Ademar Stocker não quis afirmar se o vice-governador seria um dos indiciados.
Pavan não comenta publicamente o assunto. Ele divulgou uma nota afirmando que teria sido procurado por uma empresa para tentar intermediar a reativação da inscrição estadual. Pelo Twitter, o tucano falou sobre o caso: "Estou aborrecido com a atual situação, mas com a consciência tranquila. O rio continua seu fluxo."