A morte do detento Luciano José da Silva, 27 anos em um episódio que outros três ficaram feridos evidenciaram uma situação que vem acontecendo desde a transferência dos líderes do tráfico em Alagoas para o presídio federal de Catanduvas no dia 19 de junho deste ano, a briga pelo controle do tráfico.
Luciano era considerado um homem de confiança do Charlão,que está preso em Sergipe como denunciou o Cadaminuto, e vem perdendo poder desde quê alguns de seus principais aliados como Carioca, Mano e Flavio Ceguinho foram transferidos.
O clima no presídio é tenso porque é aguardada a resposta do grupo de Charlão, já que muitos acreditam que a morte de Luciano deve ser vingada até por uma demonstração de poder.
O Luciano participou inclusive da morte do detento José Militão de Souza Filho em abril deste ano após a vítima ter se desentendido como grupo comandado por Charlão e Carioca, a morte de Luciano pode estar ligada inclusive a este crime já que ele perdeu a proteção que tinha e teria ficado exposto.
A morte de Militão ocasionou a prisão de Antonio Francisco Salvador Irmão, o “Tonhão”, que era diretor de disciplina do Baldomero e de acordo com as denúncias chegadas ao Cadaminuto dava proteção ao grupo de Charlão.
Briga pelos pontos
Sem a presença de Charlão, Carioca, Osvaldo Coroa, Flavio Ceguinho, Vaqueirinho, Raia e PCC novos grupos tentam tomar conta da “estrtutura” do tráfico em Maceió.
A briga tem sido sangrenta e em alguns casos cruel, como o caso da morte de Vanésia Francisca Martins, de 31 anos, esposa do PCC que foi algemada, asfixiada e morta além de outros três duplos assassinatos na periferia de Maceió.
As constantes brigas vem enfraquecendo os grupos e a polícia alagoana tem se aproveitado da situação e aumentando o número de prisões relacionadas ao tráfico e a roubo de banco, na última semana em uma ação que a PC agiu junto a Polícia Federal oito pessoas ligadas ao PCC e ao Vaqueirinho foram presas logo após matarem um outro ex-integrante do grupo, que apesar do superintende da PF negar, era sim informante da polícia que conta com outras pessoas integradas nestes grupos repassando as informações.
O trabalho agora por parte da polícia é pegar os financiadores destes traficantes, ou a ponta de cima desta pirâmide, conforme informou um delegado a reportagem do Cadaminuto.