A Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu, durante uma operação realizada na manhã deste sábado, oito mil ingressos para a partida entre Flamengo e Grêmio, que será disputada no domingo, pelo Campeonato Brasileiro, e que poderá valer ao time carioca o título de hexacampeão. Dez pessoas, suspeitas de integrar uma quadrilha que desvia entradas para jogos de futebol e shows, foram presas. Segundo a polícia, seis são funcionários de alto escalão da empresa responsável pela produção e comercialização dos ingressos e os demais são cambistas, que revenderiam com preço até 500% maior do que o oficial.

O Flamengo descartou a possibilidade de vender os oito mil ingressos apreendidos. O coordenador de arrecadação e fiscalização do clube, Flávio Pereira, informou que os ingressos desviados eram os destinados à gratuidade (para menores de 12 anos e idosos acima de 60, entre outras) e que, portanto, não podem ser colocados à venda. A hipótese de vendê-los foi levantada pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Luiz Zveiter.

- Só estou aguardando ter certeza que esses ingressos estão dentro da previsão anterior de lotação do Maracanã e se a Polícia Militar e Civil garantem a segurança dos torcedores - disse Zveiter, que também já presidiu o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Operação "Gol de Mão"

Sessenta policiais de várias delegacias especializadas participaram da operação. Inicialmente seria onze prisões, mas uma pessoa está foragida. Além dos oito mil ingressos, foi apreendido um computador, levado para a sede da Polícia Civil para averiguação. Os nomes dos envolvidos e o nome da empresa não foram divulgados em respeito ao segredo de Justiça determinado no caso.

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As prisões aconteceram em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense; São Gonçalo; na Favela do Muquiço, em Guadalupe; no Morro do Pinto, no Santo Cristo e também no estádio do Maracanã, onde, segundo os agentes, funcionaria a empresa.

A classificação da Série A do Brasileirão

Participaram da operação agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), Delegacia do Consumidor (Decon), Delegacia de Combate às Drogas (DCod) e da Core.