Por mais que a classe política esteja desacreditada – e não é só no nosso país -, assim como as instituições de maneira geral, é importante que entendamos que elas são fundamentais para que se mantenha possível o convívio entre os brasileiros.

Nós reclamamos delas, e com toda a razão, mas “esquecemos” que nós somos também responsáveis por esse cenário, que às vezes nos parece desolador.

Sim, gente, o processo eleitoral (e não só ele, claro) é uma grande oportunidade de mudarmos o que está ruim, jogarmos fora o que não presta - se assim consideramos.

Eis o busílis: sempre que votamos, prestamos atenção aos cargos majoritários, principalmente no Executivo, que escolhemos após uma análise quase sempre mais apurada: presidente, governador, prefeito.

Deixamos ao sabor do vento, no entanto, o Legislativo, poder que tanto pode fazer bem quanto fazer mal. Infelizmente, por esses tempos, a segunda possibilidade tem prevalecido.

Escolher bem um deputado – estadual ou federal – e o senador (serão dois, em 2026) é tão importante quanto definir quem queremos para os Palácios República dos Palmares e Planalto.

Não vou opinar se os parlamentares devem ser governistas ou oposicionistas, mas o fundamental é que eles tenham um passado recomendável - e hoje é até mais fácil de saber quem é quem. 

Demagogos e oportunistas, com discursos moralistas e milagrosos devem, em minha opinião, ser rejeitados.

O alpinismo social e econômico encontra na atividade política o caminho mais fácil para subir - sempre na falsa  defesa de algo que é sagrado para o eleitor: religião, família e valores patrióticos.

A hipocrisia, dizem os franceses, é a homenagem que o vício presta à virtude.

De hipócritas e picaretas os três poderes estão cheios, mas lembre-se: eles estão lá porque nós os colocamos – e através do voto que damos a cada quatro anos.

Gaste um pouco de tempo para evitar que o prejuízo, para você e para o restante da população, seja maior do que o evitável e que dure quatro anos ou mais.

Acho que essa é a maior lição que podemos aprender em 2026.

Vencendo a própria preguiça, podemos também derrotar os hipócritas que estão nos espreitando. 

Eles são em menor número do que os eleitores que desejam o bem para Alagoas e para o Brasil – não vamos dar a essa gente a chance de destruir a nossa esperança.

Um ótimo 2026 para todos e até fevereiro.

Em tempo

Um ótimo ano novo para todos vocês e até fevereiro,  se tudo der certo.