O ex-ministro Aldo Rebelo não cansa de surpreender a seus ex-colegas de militância política, principalmente do PC do B.

Grande referência, hoje, do bolsonarismo, dominante no agronegócio, Rebelo será candidato a presidente da República pela Democracia Cristã, partido presidido por João Caldas, que o convidou para a “missão”.

 É nesse nicho que ele vai investir pesadamente – aliás,  já vem investindo e com sucesso.

Rebelo é uma metamorfose ambulante (já passou pelo Solidariedade e pelo PDT, por exemplo) – e tem todo o direito de sê-lo, por mais estranhas que pareçam as suas mudanças de visão de mundo e de aliados.

Ele, ao que parece, só não muda mesmo a sua condição de amigo-irmão do senador Renan Calheiros, com quem se relaciona politicamente desde os tempos de militância estudantil na UFAL.

É lembrar que Calheiros já esteve no direitíssimo PRN, partido que liderou na Câmara Federal nos tempos de Collor.

Se ambos mudaram, as trocas de elogios constantes entre eles mostram que há coisas, até nesse meio, que soam eternas (enquanto duram).  

Fato concreto: os dois, Calheiros, Rebelo e agora Caldas falam a mesma língua e se entendem sem intérpretes.